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Esportes

Crise na Fifa vai renovar gestão do futebol brasileiro, prevê Delcídio

Paulo Nonato de Souza com Assessoria | 05/06/2015 11:37
O líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral acredita em mudanças na gestão do futebol brasileiro (Foto: Divulgação)
O líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral acredita em mudanças na gestão do futebol brasileiro (Foto: Divulgação)

O processo de renovação na gestão do futebol mundial, desencadeado pela Justiça norte-americana com a prisão de sete executivos da Fifa, e que levou à renúncia do presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, irá impactar diretamente na Confederação Brasileira de Futebol e nas federações estaduais, disse nesta sexta-feira o líder do Governo no Senado, senador Delcídio do Amaral (PT/MS).

“O processo de renovação na gestão do futebol brasileiro vai ser acelerado. O governo, com esse objetivo, elaborou a Medida Provisória 671, que trata exatamente de responsabilidade fiscal e da modernização da gestão do futebol brasileiro, e eu não tenho dúvida que, fruto dessa crise nós vamos ter ligas de times como já existe na Europa, cabendo a CBF a missão de cuidar só da Seleção Brasileira”, prevê o senador.

Conhecido também pela sua ligação com o esporte e declaradamente torcedor do São Paulo Futebol Clube, Delcídio afirma acreditar que as federações estaduais também serão renovadas. “O Senado vai investigar tudo em detalhes, até porque foi criada uma CPI do Futebol, que deverá ter como relator o senador Romário (PSB/RJ), ex-jogador e grande conhecedor da estrutura do futebol brasileiro”, afirmou.

Em Mato Grosso do Sul, o presidente da Federação de futebol, Francisco Cezário de Oliveira, está no cargo desde 1998 e recentemente foi empossado para mais um mandato até 2019. "No caso da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, além da mudança de gestão do nosso futebol, será preciso mudar também o gestor", avalia o radialista Arthur Mário, ex-presidente do Comercial de Campo Grande.

Ligas - De acordo com a Medida Provisória 671, em tramitação no Congresso, será considerada entidade desportiva profissional a instituição envolvida em competições de atletas profissionais. Na prática, isso significa um caminho aberto para o funcionamento de ligas na organização e administração de competições no futebol brasileiro.

Assinada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 19 de março deste ano, a MP trata, em seu Art. 2º , da criação do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, que terá a missão de promover a gestão transparente e democrática e o equilíbrio financeiro das entidades desportivas profissionais de futebol. O ProFut prevê o refinanciamento dos R$ 4 bilhões devidos pelos clubes ao governo em parcelas de 240 meses (20 anos), com reajuste pela taxa Selic.

“Todo mundo sabe que os clubes brasileiros estão falidos. Com o refinanciamento, eles terão a oportunidade de se reorganizar financeiramente, mas todos vão ter que obedecer a uma série de exigências e adotar uma governança rígida para evitar o desvio de recursos”, ressalta Delcídio.

Pela MP, os clubes que aderirem ao programa de refinanciamento deverão apresentar melhoras na sua gestão e comprovar o pagamento em dia dos salários e direitos de imagem dos atletas. A lei ainda prevê que clubes e federações não deverão permitir mais de dois mandatos seguidos de quatro anos para seus presidentes.

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