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Esportes

De olho nas Olimpíadas, Rádio Clube anuncia projeto olímpico na natação

Paulo Nonato de Souza | 18/12/2017 15:38
O presidente do Rádio Clube, Renato Antônio Pereira de Souza, entusiasmado com o projeto de devolver ao Rádio a condição de referência na natação (Foto: Arquivo)
O presidente do Rádio Clube, Renato Antônio Pereira de Souza, entusiasmado com o projeto de devolver ao Rádio a condição de referência na natação (Foto: Arquivo)

O presidente do Rádio Clube, um dos clubes sociais mais tradicionais de Campo Grande, Renato Antônio Pereira de Souza, anunciou nesta segunda-feira (18) que criará todas as condições para que a instituição tenha atletas da natação com índice olímpico já para os Jogos Olímpicos de 2020, no Japão.

“Temos a certeza de que isso não é impossível. Já temos tudo preparado para iniciar o ano de 2018 com profissionais qualificados nas diversas áreas da natação, e estamos projetando ter pelo menos dois ou três atletas entre os melhores do Brasil em dois ou três anos. Em 2020 os nossos atletas estarão no auge”, declarou Renato Antônio Pereira de Souza.

Segundo ele, o projeto olímpico que o Rádio Clube colocará em prática a partir de janeiro do ano que vem terá o experiente treinador Jehilson da Silva, premiado em 2017 como o melhor técnico de natação de Mato Grosso do Sul, o também treinador Daniel Castelan, que ultimamente trabalhava como auxiliar-técnico da natação do Fluminense (RJ), e a nutricionista Fernanda Ferreira da Silva, todos sob a coordenação técnica de Durval Barbosa da Silva.

Parque Aquático do Rádio Clube, sempre sede das principais competições regionais e nacionais em Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Ermínio)
Parque Aquático do Rádio Clube, sempre sede das principais competições regionais e nacionais em Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Ermínio)

Nos últimos dois anos, Jehilson da Silva comandou a natação da AABB de Campo Grande, que decidiu retirar o patrocínio, apesar das conquistas de títulos do Estadual e Centro-Oeste, e a partir de 2018 estará a serviço do Rádio Clube, provavelmente com toda a sua equipe de atletas nas categorias mirim, petiz, infantil, juvenil, sênior e máster.O

“O Rádio Clube tem muita história na natação, único clube que sempre se manteve competitivo em várias épocas, como na década de 1990, por exemplo, quando dominou a natação de alto nível na região Centro-Oeste, principalmente nas categorias mirim e petiz, ficando sempre entre os melhores do Brasil, e penso que é uma felicidade muito grande da direção atual do Rádio no sentido de preservar a tradição esportiva do clube”, afirmou Jehilson.

Com um olhar macro sobre a natação em Mato Grosso do Sul, o técnico Jehilson da Silva revelou que recebeu com entusiasmo o convite para fazer parte do projeto do Rádio Clube por entender que o objetivo é devolver ao clube a condição de desejo de todo atleta de natação não apenas do Estado, mas do Centro-Oeste, pela estrutura física, trabalho técnico realizado e pelo apoio da diretoria.

“O Rádio tem uma estrutura maravilhosa, mas nos últimos 10 ou 15 anos a falta de continuidade de uma natação competitiva fazia com que os atletas preferissem sair e procurar outros clubes de Campo Grande mesmo para receber mais apoio e trabalho técnico de melhor qualidade. O Rádio tem que voltar a ser o desejo de todos os atletas”, comentou.

O técnico Jehilson da Silva, primeiro da fila da direita para à esquerda, saiu da AABB e vai comandar a natação do Rádio Clube (Foto: Arquivo)
O técnico Jehilson da Silva, primeiro da fila da direita para à esquerda, saiu da AABB e vai comandar a natação do Rádio Clube (Foto: Arquivo)

Na AABB, sem a mesma tradição da natação do Rádio, havia um projeto em formação, e nos últimos dois anos, disse Jehilson, as categorias infantil e juvenil foram as que mais se destacaram e apresentaram atletas de melhor nível, mas teve valores individuais também nas categorias mirim, petiz e no máster feminino. “Nós tínhamos um total de 17 atletas na AABB, e mesmo assim em dois anos tivemos uma equipe infanto-juvenil de bom nível”, ressaltou o treinador.

Jehilson lembrou que na AABB o trabalho envolvia todas as categorias – mirim, petiz, infantil, sênior e máster -, mas a equipe não estava completa, e o mesmo acontece hoje no Rádio Clube. Considera que pela falta de apoio das diretorias anteriores, o clube ficou muito defasado em todas as categorias.

Como caminho para atingir o objetivo de ter atletas com índice olímpico já para os Jogos de 2020, no Japão, destacado pelo presidente do Rádio Clube, Renato Antônio Pereira de Souza, o treinador Jehilson avalia que no mínimo são necessários ter de quatro a cinco atletas por categoria.

“Isso já significaria uma equipe com 30 a 40 atletas. Mirim e petiz são categorias de base onde deveríamos ter pelo menos 20 atletas cada para chegar no infanto-juvenil com boa qualidade, e aí atingir o júnior com um grupo de atletas já disputando as principais competições nacionais e pensando em índice de torneios internacionais. O ideal é que desses 40 a 80 atletas lá da base, quando chegasse aos 17, 18 anos de idade, a gente tenha pelo menos quatro em condições de nadar por uma seleção brasileira absoluto”, declarou.

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