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Esportes

Em dia de final, várzea mostra que é a única alegria do futebol de MS

Longe do sonho de ver equipe estadual entre as mais fortes do País, torcedor lota mesmo é o futebol amador

Clayton Neves e Mirian Machado | 26/05/2019 13:00
 partida entre Eldorado e Associação de Moradores do Santa Emília, no bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
partida entre Eldorado e Associação de Moradores do Santa Emília, no bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Cada vez mais distante o sonho de o futebol profissional de Mato Grosso do Sul estar entre as equipes mais fortes do País, o torcedor encontrou no futebol amador motivo para não deixar morrer o amor pelo esporte. Em dia de final regional da Copa Campo Grande de Futebol Amador, neste domingo (26), muita gente aproveitou para sair de casa e mostrar que o espírito torcedor segue entusiasmado.

De acordo com Rodrigo Terra, secretário municipal de esporte, a desvalorização do futebol profissional se dá pela falta de patrocínio. Segundo ele, além do dinheiro da cota de televisão que recebem, times da série A ganham investimento de empresas que, em sua maioria, optam por fechar contrato com times que aumentam a visibilidade de suas marcas, por isso os sul-mato-grossenses não têm chance de emplacar um grande patrocinador, muito menos de avançar nas competições.

“Isso gera um desnível muito grande. Não dá para você comparar um clube como o Operário, que tem uma folha de R$ 200 mil por ano, com um time como o Flamengo, por exemplo, que tem quatro ou cinco jogadores com salários de mais de R$ 1 milhão. Por isso é mais fácil você ver alguém com uma camiseta do Corinthians ou do Palmeiras, que com a do Comercial ou do Operário”, explica.

Longe de sentir o glamour de o time local fazer par com as principais equipes do País, o torcedor só consegue vibrar hoje com os times amadores, que estão mais próximos e geralmente contam com a participação de um amigo ou parente no quadro de jogadores.

“Quando isso foi notado, passou-se a organizar um evento bem estruturado para atender a demanda. O futebol amador movimenta o lazer, esporte a microeconomia dos bairros. A tendência é só crescer”, acredita.

Essa realidade foi atestada pelo vendedor Luiz Facincani, de 63 anos. Para ele, a partida entre Eldorado e Associação de Moradores do Santa Emília, serviu de ‘empurrãozinho’ para sair de casa. Depois de ver movimentação no campo do Bairro Estrela do Sul, o morador resolveu acompanhar a partida que agradou. “Vejo que o esporte está crescendo e o desempenho dos jogadores está muito bom”, afirma.

A copeira Lucia Cezário Andrade, de 52 anos, foi uma das que atestou que, para um bom torcedor, distância não é problema. “Vim com meu marido de São Gabriel do Oeste para ver meu filho jogar. Sempre que posso acompanho”, conta.

Copa Campo Grande de Futebol Amador - Ao todo, 100 times masculinos e 10 femininos participam da competição. Para peneirar, eles serão divididos em 7 equipes, respeitando cada região da cidade. Os dois campeões de cada equipe disputam a final marcada para o dia 26 de agosto e o prêmio final é de R$ 35 mil.

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