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Esportes

Em meio a provocações, atleta da Capital treina pelo título latino de boxe

Jeozadaque Garcia | 01/03/2012 20:16

Bruno Lucas Moreira, de 21 anos, treina ao mesmo tempo em que troca farpas com Raphael Zumbano pelas redes sociais

Em quatro lutas como profissional, Bruno venceu todas por nocaute. (Foto: João Garrigó)
Em quatro lutas como profissional, Bruno venceu todas por nocaute. (Foto: João Garrigó)

O pugilista Bruno Lucas Moreira, de 21 anos, que conquistou no mês de janeiro o cinturão interino da ANB (Associação Nacional de Boxe), se prepara para enfrentar o paulista Raphael Zumbano, de 30 anos, campeão regular da associação e primo do consagrado Éder Jofre.

O combate deve acontecer em 60 dias, em São Paulo (SP). Caso vença Zumbano Love, como é conhecido o atleta, Bruno agrega também o título latino-americano pela WBF (World Boxing Federation).

“Estamos finalizando os trâmites para viabilizar o combate. Estamos sem apoio, levando no peito mesmo”, conta o treinador do atleta, Edésio Ribeiro.

A luta é esperado pelos amantes do boxe não por acaso. A tradicional provocação entre os atletas, geralmente antes dos duelos, se antecipou e já ganhou as redes sociais. Pelo Facebook, os lutadores não medem palavras e ofensas e já até trocaram apelidos.

Bruno, chamado de “Pangaré” pelo paulista, revidou e apelidou o adversário de “Frango Love”.

“Ele é quem vai sair cego e muito machucado. Melhor a ambulância estar com o caminho livre e com muito oxigênio, porque ele vai usar muito. Vai sair do ringue de maca”, garantiu Zumbano.

Sem patrocínio, Bruno treina em um barracão improvisado no bairro Pioneiros, em Campo Grande. (Foto: João Garrigó)
Sem patrocínio, Bruno treina em um barracão improvisado no bairro Pioneiros, em Campo Grande. (Foto: João Garrigó)

“Vou adorar tirar sua marra e quebrar sua cara na sua cidade, no meio da sua torcida. Vou te bater muito”, publicou, em outra postagem.

Porém, antes da luta com Zumbano, que mede 1,96m e pesa 108 quilos, Bruno deve enfrentar George Arias, primeiro lugar no ranking brasileiro na categoria peso-pesado e número 48 do mundo. A luta vale o cinturão brasileiro do CNB (Conselho Nacional de Boxe).

O combate é tido como uma das mais difíceis da carreira do atleta - que em 23 combates, venceu 22. George detém o título há 13 anos e, em 25 defesas, venceu 25 por nocaute.

“Para essa luta precisamos da bolsa. Vamos lutar com atletas que têm patrocínio, lutam nos Estados Unidos. Nossa principal luta é contra as dificuldades”, afirma Edésio.

Hoje, Bruno treina quatro horas por dia em um barracão improvisado no Pioneiros, região sul de Campo Grande, e concilia a rotina com o trabalho. Sem dinheiro, o treinador pretende levar a luta com Arias também para a capital paulista.

Bruno pratica artes marciais desde os 6 anos, quando conheceu o karatê. De lá pra cá, passou pelo muay thai, luta olímpica e judô, até chegar ao boxe, onde conseguiu se destacar. Como profissional, Bruno venceu os quatro combates que disputou por nocaute.

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