Ex-jogador Celso, campeão pela equipe do Operário, morre aos 60 anos
O ex-lateral-direito do Operário de Campo Grande, Celso Elias Zottino, ou simplesmente Celso, como era conhecido, morreu nesta manhã de segunda-feira, 18, aos 60 anos, no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, vítima de um câncer no reto e no fígado. A morte do ex-jogador foi confirmada há pouco pelo seu irmão, Francisco Ângelo Zottino, o Chicão.
“Meu irmão descansou. Ele estava sofrendo com isso há mais de um ano. Estamos agilizando o translado do corpo, pois queremos que ele seja sepultado aqui em Campo Grande. Ainda não temos informações sobre esses procedimentos, mas logo teremos uma posição”, disse Chicão ao Campo Grande News, por telefone.
Natural de Campo Grande, Celso foi um dos destaques do futebol sul-mato-grossense nas décadas de 1980 e 1990. Com a camisa do Operário Futebol Clube ele conquistou seis títulos estaduais e o título de campeão Brasileiro do Módulo Branco, realizado em 1987. Polivalente, ele atuava na lateral-direita, sua posição de origem, no meio da zaga, na lateral-esquerda e até como primeiro volante.
Celso estava há dois meses internado no Hospital da Beneficência Portuguesa. Chegou a apresentar quadros de melhoras, mas uma queda no banheiro resultou em fraturas no cóccix (osso da parte inferior da coluna vertebral) agravou seu estado de saúde.
“A esposa dele me disse que ele estava se sentindo bem e por isso quis ir tomar banho sozinho, sem ajuda, escorregou e caiu”, revelou João Bosco de Souza Silva, o Professor Bosco, também ex-jogador, amigo pessoal e companheiro do ex-lateral Celso nos tempos de Operário.
Diagnosticado com câncer em 2019, os primeiros exames do ex-jogador detectaram enfermidades no reto e no fígado, que depois se espalharam para outras partes de seu copo. De acordo com relatos de familiares próximos, ultimamente ele estava se queixando de fortes dores de cabeça e no canal do reto.
Em função disso, Celso passou por novos exames de Pet (um dos exames de imagem mais modernos usados em oncologia, capaz de detectar a atividade metabólica das células do corpo). O resultado mostrou que o tratamento havia eliminado o tumor no reto.
Na nova bateria de exames, a ressonância magnética do cérebro detectou que a trombose tinha diminuído, mas com esse quadro foi possível ver que havia um foco do câncer no cérebro, antes não detectado nos exames anteriores porque estava por baixo da trombose.
Antes de ser diagnosticado com câncer, Celso Zottino trabalhava como gestor da Praça de Esportes Belmar Fidalgo, localizada na região central de Campo Grande. “Ele cuidava de tudo pessoalmente, até tirava mato do campo e limpava caixa de areia”, comentou o Professor Bosco.
