Hoje tem Arturzinho em campo; dia de lembrar o passado e pensar no futuro
Hoje é dia de matar a saudade do passado e refletir sobre o futuro do Operário e do futebol profissional em Campo Grande. O carioca Arturzinho, craque genial das décadas de 1970 e 1980, considerado o melhor jogador da história do alvi-negro campo-grandense, será a atração de um jogo beneficente neste sábado, às 19h30, na Praça de Esportes Elias Gadia, no bairro Taveirópolis.
O ex-jogador, de 61 anos, que fixou residência no Rio desde que encerrou a carreira em 1997, chegou ontem à noite em Campo Grande e hoje de manhã visitou o Campo Grande News acompanhando do promotor do evento, Fernando Rezende, e do ex-goleiro Paulo Roberto, seu companheiro de Operário no início dos anos de 1980.
“Voltar a Campo Grande é sempre uma satisfação. Ter jogado em um time altamente competitivo como era o Operário naquela época marcou minha carreira de uma maneira que jamais vou esquecer. Fiz muitos amigos nesta cidade e quando o Fernando Rezende me ligou convidando pensei logo na oportunidade de juntar o útil ao agradável, ou seja, o passeio e a oportunidade de rever as amizades que eu pude construir aqui”, comentou Arturzinho.
A presença do ex-jogador neste momento em Campo Grande, por seu carisma de ídolo não apenas dos operarianos, mas de todas as torcidas, pelo craque que foi em campo, é um fator positivo que pode ajudar na recuperação do interesse dos torcedores pelo futebol local.
Desde a reabertura do Estádio Morenão, em janeiro deste ano, depois de ficar interditado quase três anos por decisão da Justiça, o futebol profissional em Campo Grande vive momentos de aposta na revitalização, e nada pode ser tão significativo do que reverenciar o maior craque da história do clube que mais simboliza todo um período de glórias do futebol sul-mato-grossense.
“Quero muito ajudar a reerguer o futebol em Campo Grande. É natural a minha ligação com o Operário e toda a sua história, mas entendo que não só o Operário deva receber apoio e investimentos, mas também o Comercial, porque uma rivalidade sadia e competitiva é fundamental. Mesmo que indiretamente quero muito participar”, afirmou Arturzinho.
Histórico – O “Rei Artur”, como era chamado pela torcida operariana, Arturzinho saiu do Fluminense para brilhar com a camisa 8 do Operário. Habilidoso, exímio cobrador de faltas, rápido e driblador, não demorou muito para cair nas graças da torcida.
Ele jogou no Operário Futebol Clube entre 1979 e 1982. Com a camisa 8 do alvi-negro campo-grandense e seus 1m62 de altura, fez tanto sucesso que depois foi brilhar no Bangu, Vasco da Gama e Corinthians, e até foi convocado como camisa 10 da Seleção Brasileira em 1984. Em 1981 teve uma rápida passagem pelo Internacional de Porto Alegre, onde pediu rescisão de contrato ao ser barrado em um clássico Grenal e retornou ao Operário no mesmo ano da sua transferência para o futebol gaúcho.
Serviço - O ingresso para ver Artuzinho no jogo entre Amigos do Fernando Rezende e Amigos do Gerson Claro, neste sábado, será 1 kg de alimento não perecível, disse o promotor do evento, Fernando Rezende.
Segundo a organização do evento, os alimentos poderão ser entregues diretamente na viatura do Asilo São João Bosco, que estará estacionada na portaria do Elias Gadia. “Lá vai ter uma equipe do asilo para fazer o recolhimento, e esperamos a colaboração de todos que comparecerem para ver o Artuzinho”, disse Fernando Rezende.