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Esportes

Justiça decide hoje à tarde o futuro do Operário no Campeonato Estadual

Paulo Nonato de Souza | 13/04/2017 12:37
Rafael Meirelles, advogado do Operário de Campo Grande, está confiante na permanência do time no Estadual 2017 (Foto: Alcides Neto)
Rafael Meirelles, advogado do Operário de Campo Grande, está confiante na permanência do time no Estadual 2017 (Foto: Alcides Neto)

Para ou continua? A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva, o TJD da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), vai se pronunciar na tarde desta quinta-feira, 13, se acata ou não a denúncia de três clubes do Campeonato Estadual 2017 – Comercial, Urso de Mundo Novo e Corumbaense – contra o Operário Futebol Clube por escalação irregular do meia-atacante Eduardo Arroz em dois jogos da primeira fase da competição no mês de fevereiro.

Se o TJD aceitar a denúncia, o Operário, apontado como favorito ao título do Estadual, considerando o bom desempenho do time na fase de classificação e nas quartas de final, poderá sofrer perda de pontos ou até ser alijado do campeonato, o que o impediria de disputar a semifinal com início previsto para o próximo final de semana.

“É um fato prescrito”, disse o advogado do Operário, Rafael Meirelles em entrevista ao Campo Grande News. Ele admite que Eduardo Arroz atuou de maneira irregular nas vitórias de 4 a 0 diante do União/ABC, dia 01 de fevereiro, e 3 a 1 diante do Novo, quatro dias depois, mas ressalta que desde então já se passaram mais de 70 dias. Alega que o Artigo 165-A, parágrafo segundo, do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) prevê que o prazo para oferecer denúncia neste caso é de 60 dias.

Segundo Rafael Meirelles, foi com base no Artigo 165-A do CDJD que preparou a sua tese de defesa do Operário, e espera que ainda hoje saia a decisão do TJD, rejeitando as medidas inominadas protocoladas pelo Urso de Mundo Novo e Esporte Clube Comercial contra o Operário. “Em qualquer situação há um tempo certo para você exercer o seu direito, e no esporte não é diferente”, ressaltou.

Situação é geral - O drama vivido pelo Operário Futebol Clube diante do risco de ser eliminado da fase semifinal do Campeonato Estadual 2017, por escalação irregular do meia-atacante Eduardo Arroz, só expõe ainda mais a falta de um mínimo de estrutura no futebol profissional em Mato Grosso do Sul.

Em um cenário que funciona como nos velhos tempos do amadorismo, o Operário é apenas a “vítima” da vez. Seguramente, para não dizer todos, a maioria dos clubes que disputa o Campeonato Estadual sequer tem um departamento de registro atuante com profissionais capacitados para o acompanhamento da situação dos jogadores que contrata e põe em campo para defender suas cores. Nem é o caso de culpar a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) pelo drama operariano, porque essa é uma tarefa que cabe aos clubes.

O próprio Operário reconhece que Eduardo Arroz atuou de maneira irregular, não por má-fé, mas por total desconhecimento da situação burocrática do seu jogador.

“Isso tem a ver com a falta de estrutura do futebol em Mato Grosso do Sul. O Operário não tem um departamento de registros para fazer esse tipo de acompanhamento, e lá essa tarefa fica para o administrativo geral, que, acumulado de funções, não tem como ver tudo. O Operário não é o único assim, a situação é semelhante nos outros clubes”, admitiu Rafael Meirelles.

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