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Esportes

Parlamentar aciona MPF contra golpe de dirigente para se manter no poder na CBF

Paulo Nonato de Souza | 31/03/2017 17:07
O atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, mudou estatuto da CBF para se manter no poder até 2027 (Foto: CBF/Divulgação)
O atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, mudou estatuto da CBF para se manter no poder até 2027 (Foto: CBF/Divulgação)

O golpe do atual presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo del Nero, para se manter no poder na entidade até 2027 parece ter encontrando um oponente a altura.

Nesta sexta-feira, 31, o deputado federal Otavio Santos Silva Leite (PSDB/RJ) entrou com uma representação no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro contra a assembleia administrativa da CBF, realizada logo após a vitória da Seleção diante do Uruguai por 4 a 1 pelas Eliminatórias, dia 23 deste mês, que mudou o estatuto para ampliar o peso das federações estaduais de futebol e diminuir o dos clubes, que não foram convocados para a reunião.

O deputado federal pelo Rio, Otávio Neto, acionou o MPF contra o golpe liderado por Marco Polo del Nero (Foto: Divulgação
O deputado federal pelo Rio, Otávio Neto, acionou o MPF contra o golpe liderado por Marco Polo del Nero (Foto: Divulgação

De acordo com o parlamentar, relator do Profut, lei de responsabilidade fiscal do futebol, por força do artigo 22-A da Lei 9.615/98 (Lei Pelé), obrigatoriamente todos os clubes de futebol das Séries A e B deveriam ter participado desta reunião, mas nenhum foi convocado.

Na assembleia geral foi decidida a inclusão de 20 clubes da Série B na eleição presidencial da entidade, aumentando para 40 o número de clubes na votação. Mas, apesar da ampliação do número de equipes com direito a voto, uma outra medida diminuiu o poder dos clubes em comparação às federações estaduais. Tudo por causa de um artigo que muda o peso dos votos.

Na nova regra, o voto de cada clube tem peso 2, enquanto o das 27 das federações possui peso 3. Com isso os cartolas estaduais terão 81 votos, contra 60 dos clubes. Na última eleição, em 2014, todos os votos tinham peso 1, ou seja, um voto cada uma das 27 federações e um voto para cada um dos 20 clubes da Série A clubes. Com a mudança, a diferença a favor da CBF, que antes era de 7 votos, passou para 21 votos.

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