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Esportes

PM e torcida não "endossam" álibi da FFMS para salvar Corinthians

Helton Verão | 01/10/2013 16:51
Garrafa atingiu Bruno aos 8 minutos do segundo tempo, logo após o gol anulado de Alexandre Pato (Foto: Reprodução / Sportv)
Garrafa atingiu Bruno aos 8 minutos do segundo tempo, logo após o gol anulado de Alexandre Pato (Foto: Reprodução / Sportv)

O jogo da Portuguesa e Corinthians, no Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, já terminou com o resultado que todos já sabem. Mas a garrafa plástica que atingiu o bandeirinha Bruno Salgado Rizo ainda dá pano para manga. A FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) está com dificuldades para construir o álibi para livrar o Corinthians da punição, que corre o risco de perder o mando de 10 jogos. 

A organização e a entidade correm contra o tempo para apresentar o responsável pela agressão (através de boletim de ocorrência) à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) até esta quarta-feira (2) para evitar punição ao clube alvinegro.

O vice presidente da FFMS, Marco Antônio Tavares afirmou que, no momento do acontecido, policiais militares detiveram o autor e o levaram até um local especifico para torcedores que causaram problemas durante a partida. “Ele foi retido com outras pessoas neste local que destinamos aos que causam problemas. Mas talvez pela falta de costume de receber jogos desta proporção, liberaram o individuo após o jogo, mas as duas torcidas (Pavilhão e Gaviões) prometeram apresentar o autor”, explicou Tavares.

De acordo com o vice presidente, a FFMS entrou em contato com as duas torcidas organizadas do Corinthians presentes no estádio para identificar o rapaz. “Temos até amanhã para apresentar o boletim de ocorrência à CBF para não prejudicar o clube e até o estádio para outras ocasiões”, comentou o vice.

Porém, o presidente de Pavilhão Nove de Mato Grosso do Sul, Ton de Almeida, afirma que a ação não partiu de sua torcida e que nenhum membro causou problemas no domingo. “Não estavamos próximo da onde foi atirada a garrafa, não deu pra identificar se era da Gaviões ou torcedor comum", relata o presidente da P9.

Ton lembra que antes do jogo foi acordado com a Federação de Futebol, que qualquer problema que acontecesse relacionado com a Pavilhão, seria tratado com ele. “Ouvi que tiveram problemas com dois torcedores que acabaram detidos, mas nenhum é integrante da Pavilhão”, ressaltou Ton.

O tenente-coronel Kleber Haddad, que comandou o esquema policial domingo no Morenão, afirma que nenhum torcedor foi detido ou causou problemas dentro ou nos arredores do estádio naquele dia, claro exceto a garrafa atirada. “Não tivemos registro de problemas. O autor da garrafa atirada do campo veio da organizada que estava localizada próximo ao bandeira, todos de São Paulo”, avisa o Tenente.

A garrafada - O objeto atirado de onde estava a torcida da Gaviões da Fiel atingiu a cabeça do bandeirinha Rizo, que comunicou o árbitro Raphael Claus. O fato foi mencionado na súmula. "Foi atirada uma garrafa plástica de água contendo líquido em seu interior, atingindo a cabeça do árbitro assistente nº 2. A mesma foi atirada do local onde se encontrava a torcida do S.C. Corinthians Paulista. Informo que o Assistente não necessitou de atendimento médico", escreveu Claus.

Se não for identificado o autor, o Corinthians, que já foi punido com quatro jogos fora de São Paulo, pode perder o mando de mais 10. Assim, o clube não atuaria no Pacaembu mais este ano.

De acordo com o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a pena por "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo" varia de R$ 100 a R$ 100 mil, além da perda de um a dez jogos de mando.

A equipe também foi punida na Copa do Brasil, por conta dos torcedores que usaram sinalizadores no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, no jogo de ida contra o Luverdense. A perda de dois mandos poderá fazer com que o Corinthians jogue uma eventual final longe de São Paulo.

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