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Esportes

Quem mudou acha que novas regras do futebol não vão emplacar em todos os campos

Agora é obrigatório distanciamento de 1 metro entre jogadores,

Liniker Ribeiro | 02/09/2020 18:55
Marcação no campo limita distanciamento entre jogadores; quem se adaptou acredita que a moda não deve pegar pelos campos da cidade (Foto: Marcos Maluf)
Marcação no campo limita distanciamento entre jogadores; quem se adaptou acredita que a moda não deve pegar pelos campos da cidade (Foto: Marcos Maluf)

As regras para retorno do futebol, em Campo Grande, foram publicadas recentemente pela prefeitura e já tem gente colocando em prática as exigências para poder voltar aos campos. Além das medidas mais comuns, como necessidade de aferir temperatura e ter disponível álcool em gel, o distanciamento entre os jogadores é obrigatório, o que ainda causa estranhamento entre os praticantes e faz quem se adaptou pensar que a “moda” não deve emplacar em todos os campos.

“Só está acontecendo aqui porque não tem outra forma”, opina José Nina, de 65 anos, sócio de um dos clubes mais tradicionais da Capital, o Rádio Clube Campo, que há pelo 5 décadas reúne amantes do futebol de campo e agora precisou se adaptar as novas regras.

O mesmo avalia o empresário Edgar Leão, de 60 anos. “Foi bom voltar, está sendo um aprendizado, mas o que eu queria era que voltasse ao normal. Nem todo mundo vai se adaptar”, afirma.

Djalma Moreira de Andrade pede pelo retorno integral do futebol (Foto: Marcos Maluf)
Djalma Moreira de Andrade pede pelo retorno integral do futebol (Foto: Marcos Maluf)

Para o diretor de esportes do clube, Djalma Moreira de Andrade, as regras não devem ser seguidas principalmente pelos bairros da cidade. “Nos bairros o pessoal joga normalmente, não vão querer se adaptar, pintar campo, essas coisas”, opina.

Entre os mais novos, a opinião é a mesma, o método não deve ganhar os campos da cidade. “Entre os mais experientes a adaptação deve ser mais fácil, mas entre os mais novos acho difícil, porque o jovem gosta de correr e gastar energia”, argumenta o estudante Pedro Moura, de 20 anos.

Conforme o decreto, a condição para retorno do futebol é que haja distanciamento entre os participantes, com posicionamento praticamente fixo, de um metro entre os jogadores. Fica proibido o compartilhamento de materiais, o lateral não poderá ser cobrado com a mão e os goleiros terão que usar luva de forma obrigatória.

Também foi recomendado que os organizadores e proprietários de estabelecimentos monitorem a temperatura dos participantes e dentro do espaço mantenha a distância de 1,5 metro entre cada um. É proibida a entrada de pessoas com sintomas como: coriza, tosse, febre ou mal-estar.

Os bebedouros com água de pressão devem ser lacrados e cada atleta tem de trazer sua garrafa d’água de casa. Também não pode trocar de roupas no local, nem tomar banho após a prática da atividade.

Faz tempo – Essas e outras práticas já fazem parte da rotina de sócios do Rádio Clube Campo, que há pelo menos 30 dias já havia feito as mudanças para retornar com o futebol. “Claro que o pessoal gosta mais do futebol tradicional, mas não estamos podendo jogar assim porque teria que ter contato, então essa foi a maneira que encontramos de interagir e socializar com os amigos”, explica Doka Soares, coordenador de futebol do clube.

Doka Soares é coordenador de futebol de clube tradicional da cidade que optou por se adaptar as novas regras (Foto: Marcos Maluf)
Doka Soares é coordenador de futebol de clube tradicional da cidade que optou por se adaptar as novas regras (Foto: Marcos Maluf)

No local, o campo foi demarcado para indicar o limite de espaço entre os participantes. Correr livremente está proibido. “Basicamente você mata a bola e toca”, resume Djalma.

Entre as regras adotadas pelo clube, está o total de 5 jogadores, mais o goleiro, por time, respeitando o distanciamento. Jogadores só podem ser substituídos em casos de lesão. A linha ou jogadores de ataque deverão dar no máximo três toques na bola para a definição da bola ao gol oi 3 segundos para efetuar o ataque.

A cada gol é feita a troca de posição dos jogadores da equipe que balançou as redes, para dar oportunidade de todos jogarem em diferentes posições. Quando a bola para na linha de distanciamento, também chamada linha de segurança, a posse da bola volta para a equipe adversária do jogador que não conseguir fazer o domínio.

E não para por aí. Quando um jogador atravessa a demarcação citada e tocar na bola ou pega a bola com as mãos para intercepta-la, é marcado pênalti, que é cobrado dentro das linhas de segurança.

“Estamos fazendo assim, mas o que todo mundo quer mesmo é a liberação total”, finaliza Djalma.

Veja abaixo como está sendo o futebol jogado com as novas regras, conforme decreto da Prefeitura de Campo Grande.


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