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Jogo Aberto

Comissão fala até em condução coercitiva de Joesley

Marta Ferreira | 22/06/2017 06:00

Será que eles vem ? - A primeira reunião da CPI das irregularidades fiscais e tributárias de Mato Grosso do Sul foi marcada pela solicitacão de documentos, mas já ficou pactuado: os deputados querem que Wesley e Joesley Batista, Ricardo Saud e Valdir Boni, os delatores da JBS, venham depor. Se não vierem, "a CPI  tem poder para pedir a cobduçao coercitiva", advertiu o presidente Paulo Correa.

Modelo seguido - Na prática, em MS se busca reproduzir o que aconteceu na Procuradoria Geral da República. Requerimentos foram disparados ao Tribunal de Contas, Procuradoria Geral do Estado e à própria Assembleia solicitando auditores para acompanhar e auxiliar nos trabalhos. 

Ajuda externa - Também foi pedida a contratacao do advogado Luiz Henrique Volpe Camargo. O jurista é de Campo Grande e integrou a comissão que assessorou o Senado Federal na primeira fase do Projeto do Novo Código de Processo Civil e também participou de outra comissão de juristas que assessorou a Câmara dos Deputados na mesma matéria.

Lado definido -  O posicionamento de cada parlamentar sobre as investigacoes e nitido. Eduardo Rocha (PMDB) fez varias objeções quando cogitou-se aprofundar a relacao de empresas agropecuárias e a eventual emissao de notas frias. "Isso nao é problema da assembleia, é da Polícia Federal e da Receita. Se formos por aí vamos investigar até o fim do mundo e essa CPI vai durar mais de ano", disse.

Discórdia - Houve divergência também sobre intimar executivos da JBS a depor. A mesa se dividiu entre os que queriam dar celeridade aos pedidos e os que alegaram que precisam se debruçar no tema primeiro "para não tomar baile".

Preocupados - Os deputados destinaram um parte dos debates da sessão desta quarta-feira para falar sobre a prevenção contra as drogas em Mato Grosso do Sul. Lídio Lopes (PEN) contou que já ficou mais de 20 minutos sentado no meio-fio tentando convencer um dependente para oferecer tratamento. "Quando chega nesta situação fica muito difícil, eles não querem sair das ruas, a batalha é muito complicada".

Causa difícil - Rinaldo Modesto (PSDB) também relatou sua história lembrando que após longas conversas, chegou a deixar seu telefone para prestar ajuda a dependentes químicos, mas que os resultados são pequenos. "A cada 10 dependentes que oferece ajuda, no máximo 3 aceitam tentar sair deste mundo, por isso a prevenção é o melhor caminho".

Presente - Presidente do conselho estadual antidrogas, o procurador da Justiça Sérgio Harfouche esteve ontem na Câmara Municipal de Campo Grando para comemorar os 20 anos do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). O promotor declarou que percebeu uma queda na qualidade do ensino e na disciplina dos alunos nas escolas neste período.

Qualidade - "Precisamos entender que esses jovens já começam a ser cooptados para o uso de álcool e o tráfico de drogas. Há 25 anos, tenho observado o Brasil cair nos índices educacionais em comparação com outros países, isso sem falar da violência e o uso de drogas", relatou Harfouche.

Experiência - O procurador também ressaltou que desde o início de sua carreira trabalha no combate a estes problemas. "O que eu apresento agora como programa, é produto desses mais de vinte anos, não é coisa de aventura de alguém que agora quer ocupar esse espaço, é uma luta de carreira", falou Harfouche sobre o trabalho que faz e que serviu de base para a lei que levou seu nome.

(Colaboraram Richelieu de Carlo, Lucas Junot e Leonardo Rocha)

 

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