ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 31º

Jogo Aberto

Mais uma operação, mais um vazamento

Marta Ferreira | 13/09/2018 06:00

Alguém contou - Do dia em que o ministro Felix Fisher, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou a ordem de prisão de 14 pessoas alvo da operação Vostok, que investiga esquema envolvendo a sonegação de tributos, foram 10 dias para montar a ofensiva. Nesse tempo, alguém abriu o bico, situação que não é incomum nessas ações. A coluna apurou que na noite anterior, havia o buxixo circulando sobre o que ocorreria.

“Vidente” – O coordenador da Funai em Campo Grande, Paulo Rios, chegou a postar em suas redes sociais, desde a semana passada, mensagens indicando que haveria algo de impacto nas eleições. Depois, apagou boa parte deles.

Logística – A explicação para a demora entre a ordem judicial, do dia 3 de setembro, e a concretização dos mandados tem a ver com a organização da ação policial. Foram 220 policiais, para cumprir 44 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão, em 5 cidades de Mato Grosso do Sul, além de uma a dois mil quilômetros de Campo Grande, Trairão, no Pará.

Nome – A cidade, com esse nome peculiar, suscitou diversos comentários . É lá, segundo apurado, que vive José Ricardo Guitti Guimaro, conhecido como Polaco, corretor de imóveis que também teve ordem de prisão decretada pelo STJ. O município, que fica à beira da BR-163, tem 18 mil habitantes e foi batizado assim em referência ao episódio envolvendo pescadores que encontraram uma traíra muito grande no rio que banha a região.

Ops – Policiais que vieram de Goiás para participar da operação tiveram que devolver um cd apreendido com o pecuarista Zelito Viana. Acharam que havia conteúdo importante para a investigação, mas na verdade trata-se de filmagens de uma pescaria.

Meia-volta – Os agentes já estavam perto de Bandeirantes, a caminho “de casa”, e enviariam pormalote o conteúdo apreendido, mas tiveram de voltar ao descobrir que nada tinha a ver com os interesses da investigação.

Burburinho virtual – Com visitas ao Centro de poder do Estado, a operação virou assunto popular na internet. No meio da manhã, chegou a liderar os “trending topics” do Twitter, ou seja, a lista de termos mais comentados naquele dia no País.

Manifestações – Com tanta informação circulando, teve gente que foi para a porta da Polícia Federal conferir de perto. Aos 80 anos, uma senhora foi até lá apenas para prestar solidaridariedade ao governador Reinaldo Azambuja, que foi até o local à tarde para prestar esclarecimentos à PF.

Rubinho – Teve, como sempre, os desavisados. Uma delas, uma estudante, quis saber o que estava acontecendo e ao ser informada que o governador estaria por lá, devolveu a pergunta: “Como é o nome do governador?”

Rubinho 2 – De passagem pela rua onde fica a superintendência da Polícia Federal, um motociclista desistiu apostar no que estaria acontecendo. “Vão prender o Puccinelli”, gritou. Ninguém entendeu se era graça ou se ele não sabia mesmo que o ex-governador já está preso.

Nos siga no Google Notícias