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'Não identificados' de MS ficam fora da lista de Fachin

Waldemar Gonçalves | 13/04/2017 06:00

Não identificados – Com a justificativa de “menções em relação a pessoas não identificadas”, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o arquivamento de sete pedidos de inquérito feitos pela PGR (Procuradoria Geral da República). São políticos de cinco estados, entre os quais alguns de Mato Grosso do Sul, no período de 1987 a 1990.

Imagina o quanto ganharam – “A Odebrecht fez uma delação para se livrar do ônus e está prometendo devolver 5 bilhões de reais. Imagina o quanto eles ganharam. Mas, antes de condenar é preciso comprovar se o denunciado realmente recebeu dinheiro ilícito”, disse ontem o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), sobre a divulgação de inquéritos autorizados pelo STF contra quase uma centena de políticos.

Política de corrupção – Na visão de Reinaldo, a Odebrecht criou uma política de corrupção no Brasil. O tucano avalia que a delação de executivos da empresa tem que ser respeitada. Mas, ao mesmo tempo, é preciso cuidado com a comprovação dos fatos. “Todos têm direito ao contraditório e ampla defesa”, lembra.

Tuiuiú chumbado – “Foi como voo do tuiuiú, começando a levantar, tomamos essa chumbada”. O presidente da CCR MS Via, Roberto Calixto, tentando explicar ontem porque a concessionária paralisou as obras de duplicação da BR-163.

Efeito colateral – A instabilidade política no Congresso Nacional causada pelas discussões sobre a reforma da Previdência, além dos desdobramentos da Lava Jato, pode ter reflexos na saúde financeira de Campo Grande. A prefeitura conta com verbas travadas de projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para finalização de obras.

Parado – Para desbloquear os recursos, seria importante ter ajuda federal, só que isso está complicado. “Brasília parou. A gente tem batido na porta de todos, mas não estamos conseguindo nada”, lamentou ontem o prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD).

Plano B – Se a situação persistir, a prefeitura vai ter de apelar para “medidas impactantes” e “ruins politicamente”, como classifica Marquinhos. “Quero uma cidade boa para a população. Se tiver que cortar regalias, vou cortar. Se não tiver que dar aumento [aos servidores], eu não vou dar. Não vou deixar Campo Grande quebrar”, declarou.

Cultura – Enquanto isso, a alternativa é buscar investimentos através de medidas como o lançamento do Observatório de Cultura e Turismo da Capital, ocorrido ontem, com objetivo fazer o levantamento completo do setor na cidade e, com dados confiáveis, atrair empresas e dinheiro de investidores.

Abandono – O chefe do Executivo se queixou da forma como encontrou o Turismo e a Cultura, ao assumir o Paço Municipal, cuja pasta servia de cabide de emprego e moeda de troca. “Ter que recuperar os estragos não é justo, mas quero entregar bem melhor do que recebi”, prometeu.

Mudança – Agora, Marquinhos tem a oportunidade de mudar um panorama que confidenciou sempre ouvir como cidadão campo-grandense. “A gente cresce ouvindo que Campo Grande não tem vida noturna nem turismo, e que Cuiabá tem. As coisas abrem e 2 ou 3 meses depois é só funeral”, relatou.

(com Leonardo Rocha, Paulo Nonato de Souza e Richilieu de Carlo)

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