Casal levou 8 anos para ver sonho virar mansão americana dos anos 90
Viagens e revistas inspiram Adriana e Antônio a ter casa com mármore e colunas clássicas

Adriana Regina Martinelli, de 57 anos, e Antônio Carlos, 65, quiseram ter uma casa que parece ter saído de um catálogo de arquitetura norte-americano dos anos 90. Esse era o sonho do casal. A moradia demorou 8 anos para ficar pronta. Há 18 anos, os dois transformaram o endereço, no bairro Vivendas do Bosque, em lar com mais de 500 metros quadrados de área construída.
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Um casal de Campo Grande transformou sua residência em uma mansão inspirada na arquitetura norte-americana dos anos 90. Adriana Regina Martinelli, 57 anos, e Antônio Carlos, 65, levaram oito anos para concluir a reforma da casa de 500 metros quadrados, localizada no bairro Vivendas do Bosque. A propriedade conta com três salas, sete banheiros, quatro quartos e elementos arquitetônicos marcantes, como colunas grandes, janelas altas e acabamentos em mármore. A decoração inclui uma coleção de quadros e souvenirs das viagens do casal pelo mundo, com destaque para uma parede na cozinha repleta de ímãs e pratos de diferentes países.
Juntos há quase 32 anos, o casal conta que, inicialmente, o imóvel foi feito para ser uma casa de fazenda, com teto baixo e telhados que desagradaram. A residência foi comprada já com dois pavimentos. A estrutura superior não foi alterada, apenas a inferior. As referências vieram das viagens que o casal fez aos Estados Unidos anos antes e das revistas de arquitetura do país.

Dentro da casa, a simplicidade dá lugar à imponência. Colunas robustas, janelas generosas, pisos em mármore e trabalhos em gesso marcam cada ambiente, criando um cenário que impressiona logo na primeira visita. No hall de entrada, uma rosa dos ventos desenhada no piso se torna protagonista, enquanto a escadaria em mármore, acompanhada por um pé-direito alto, evidencia a riqueza de detalhes no gesso que reforçam o estilo clássico e a “vibe” de mansão americana.
Apesar da atmosfera grandiosa, com corrimãos desenhados pelo próprio casal e executados pelo serralheiro, Adriana faz questão de ressaltar que a casa foi projetada para ser vivida, não apenas admirada. “Não é daquelas de revistas que está tudo no lugar não, essa é uma casa para usar”, afirma.
O projeto abriga três salas, sete banheiros e quatro quartos, além de cozinha, espaço gourmet, quintal, varanda, lavanderia e despensa.
“Quando compramos, a ideia da casa era completamente diferente do que é hoje, era para ser e foi projetada no estilo casa de fazenda. Era varanda da frente até o fundo, o telhado em si era algo que não estava muito bom, aí contratamos a arquiteta para deixar algo mais com a nossa cara. A gente não é do mato nem é do agro. Aí começamos a reformar, veio a ideia de um estilo mais americano, com colunas grandes. O terreno é grande e não dava para ser algo pequeno. Aos poucos fomos fazendo”.
Ela conta que, apesar de ser grande, a casa não tem muitos quartos e até prefere assim, pois todos têm seu próprio banheiro.
“Tem muita gente que fala que não parece casa, mas sim um empreendimento ou escritório. Esse tipo de coisa que a gente fez no final dos anos 90 foi um pouco diferente. Ousado. Não me arrependo do estilo, não mudaria nada. Fizemos apenas alterações para ficar do jeito que a gente imaginava, a divisão básica ficou. Os banheiros eram todos para ter banheiras, mas não vimos necessidade disso”.

Antônio destaca que, até hoje, não encontrou um lustre que harmonizasse com o ambiente, por isso a família segue apenas com a iluminação convencional. Nas paredes, porém, inúmeros quadros retratam os lugares que eles já visitaram ao redor do mundo. Cada espaço da sala, explica, foi pensado para abrigar um tipo de obra.
“Eu amo quadros, tenho mais de 10 guardados porque não sei onde colocar. É bem variado: tem natureza-morta, arte abstrata, aquarela. A parede das escadas é feita apenas de lugares que já fomos, os quadros refletem isso. Um dos meus cantos favoritos é um lavabo que temos aqui embaixo”, conta.
Para Adriana, o destaque está na sala principal, que ela considera um dos ambientes mais bonitos da casa, espaço que ganha ainda mais charme nos dias frios ou chuvosos.

“O clássico que está lá fora veio para a sala também. Antes havia apenas uma porta lateral pequena, mudamos a escada, invertemos o acesso e abrimos o espaço. Optamos pelo trabalho em gesso no estilo clássico. Tivemos várias arquitetas e cada uma contribuiu com uma parte. Criamos um jardim na frente, que no projeto inicial teria uma fonte, mas depois de 18 anos a casa ainda não está exatamente como sonhamos. Quando você entra, tudo o que falta acaba virando supérfluo. Até hoje não temos lustres, não encontramos nenhum que combinasse”, conta Adriana.
Apesar da ausência dos lustres, o casal nunca fez disso uma prioridade. Viajar sempre esteve acima de qualquer detalhe da casa. A prova está na cozinh com uma parede inteira coberta por ímãs e pratos de países, cidades e estados visitados. É o xodó de Adriana, que fala com carinho também dos quadros espalhados pelos cômodos, cada um carregado de memórias.
“Cada quadro é temático: Rio de Janeiro, Nordeste, Europa. Uma das viagens mais marcantes foi para a Europa, quando completamos 25 anos de casados. Começamos em Roma, aí fomos para Milão, fizemos um cruzeiro no Mediterrâneo, fomos para Grécia, Croácia e chegamos em Veneza, onde acabou a viagem. Essa parede tem uns 15 anos de história e ainda tem mais coisa para pendurar”, finaliza.
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