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Arquitetura

Das ruas para a casa, grafite é dica para dar “up” na decoração

Que tal investir no trabalho de um dos artistas grafiteiros para mudar totalmente o clima e a decoração da casa?

Thailla Torres | 25/11/2020 08:10
Pedro Morato ao lado de grafite feito por ele em uma hamburgueria. (Foto: Arquivo Pessoal)
Pedro Morato ao lado de grafite feito por ele em uma hamburgueria. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mudar os padrões na decoração da casa ainda é um desafio para muitos, que só estão dispostos a pular do clássico para o contemporâneo, e olhe lá. Mas o segredo de uma decoração estilosa é apostar mesmo na personalidade de quem vive cada ambiente. E por que não encarar cores, traços e formas diferentes através de tudo o que o grafite proporciona?

Se você já pensou ou tem vontade de usar o grafite na decoração, o Lado B falou com alguns artistas grafiteiros e muralistas da cidade para mostrar como a ideia é possível dar aquele up na área interna ou externa da casa.

É importante saber que, assim como na decoração, o grafite também possui diversos estilos. Você vai encontrar obras com escritas, desenhos, caricaturas e elas podem estar em preto e branco, um colorido discreto ou com todas as cores possíveis. Se qual for a sua escolha, ela precisa mesmo é combinar com você.

É claro que cada artista tem seu estilo, mas todos conseguem também atender os pedidos dos clientes se o desejo é traços mais finos e temáticas mais leves ou um desenho com movimento e cores mais fortes.

E se bater um receio de grafitar a parede, você pode investir em quadros ou painéis. Muitos dos artistas fazem grafites em tamanhos menores, ou você também pode grafitar os móveis. Conheça abaixo alguns dos artistas para você soltar a imaginação e mudar algum ambiente da casa.

Pedro também leva o grafite para quadros. Uma sugestão bacana para quem ainda não tem coragem de apostar na parede. (Foto: Arquivo Pessoal)
Pedro também leva o grafite para quadros. Uma sugestão bacana para quem ainda não tem coragem de apostar na parede. (Foto: Arquivo Pessoal)
O jacaré bastante presente nas obras de Pedro. (Foto: Arquivo Pessoal)
O jacaré bastante presente nas obras de Pedro. (Foto: Arquivo Pessoal)

Pedro Morato estuda a técnica desde 2014. Começou no digital e hoje leva boa parte da sua arte produzida no computador para as ruas da cidade. Tem como principal estilo o regionalismo, que nada mais é do que uma grande mistura de tudo que ele vê e vive a sua volta. “Hoje o que eu pinto é sobre o meu quintal - o homem pantaneiro, os animais do Pantanal. Gosto muito também de fazer os meus jacarés, uma temática que venho trabalhando bastante nos últimos meses”, explica.

Uma das principais dúvidas na hora de apostar no grafite é sobre o preço. Por aqui você não vai encontrar valores exatos, afinal, cada arte tem seu preço e tudo depende do pedido do cliente.

Pedro, por exemplo, precifica também por metro quadrado. “É claro que cada obra é uma obra e possui suas exigências específicas, mas no geral meu cálculo é feito dessa maneira. Por ter começado há pouco tempo, ainda não realizo qualquer tipo de desenho, então prefiro indicar outros artistas quando o desejo do meu cliente não está ao meu alcance. Também não vejo problema nisso, afinal, não quero fazer nada abaixo da expectativa de quem está me contratando”, explica.

Outra coisa importante de lembrar é o tipo de superfície onde o grafite será aplicado. Na maioria das vezes não há nenhuma exigência, mas Pedro procura sempre perguntar sobre a conservação da parede, “se é rebocada, se já possui uma base de tinta, se é em um ambiente interno ou externo porque tudo isso influencia no custo e na durabilidade da obra”, explica.

Natacha Figueiredo realizando pintura em parede. (Foto: Arquivo Pessoal)
Natacha Figueiredo realizando pintura em parede. (Foto: Arquivo Pessoal)
Traços femininos também fazem parte do estilo de Natacha. (Foto: Arquivo Pessoal)
Traços femininos também fazem parte do estilo de Natacha. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grafite em área externa feito por Natacha. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grafite em área externa feito por Natacha. (Foto: Arquivo Pessoal)

Grafiteira desde os 15 anos, Natacha Figueiredo Miranda prefere não definir seu,  mas acredito claramente seu traço. “Uso bastante cor, gosto de misturar sem pensar em combinações. Gosto dessa liberdade de não ter a ideia totalmente fechada. Mas há projetos que tenho q executar exatamente o que foi aprovado. Acho que uso muita expressão e gosto de figuras humanas. Essa é minha principal característica”.

Já Natacha cobra pelo processo criativo (o projeto), depois a execução e o material. “Tudo varia de acordo com o tamanho e a dificuldade do desenho. Não penso em tempo. Mas para o orçamento eu pergunto tema ou idade, desenvolvo minha linguagem e faço uma troca para saber o universo da pessoa e desenvolver um projeto que satisfaça”, explica.

Curumex ao lado de uma de suas obras. (Foto: Arquivo Pessoal)
Curumex ao lado de uma de suas obras. (Foto: Arquivo Pessoal)

Outro nome conhecido pela cidade, nas ruas e comércios, é o Curumex. Grafiteiro que amava desenhar em seus cardernos na infância, conheceu o grafite na adolescência como um elemento do hip hop. “Com o passar do tempo fui direcionando meus desenhos para esse estilo. Mas demorei bastante tempo pra começar a usar spray. Fui investindo aos poucos e aprimorando as técnicas”, recorda.

Suculentas feitas por Curumex. (Foto: Arquivo Pessoal)
Suculentas feitas por Curumex. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grafite de Curumex mudou totalmente área de lazer. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grafite de Curumex mudou totalmente área de lazer. (Foto: Arquivo Pessoal)
Obra de Curumex em hall de entrada. (Foto: Arquivo Pessoal)
Obra de Curumex em hall de entrada. (Foto: Arquivo Pessoal)

Partindo da mesma ideia de Natacha, Curumex prefere não definir o estilo. “São inúmeras possibilidades de arte. E cada hora quero testar algo diferente, mas acredito que é mais voltado pra origem do grafite, letras, 3D e grapixo. Também aposto no realismo, texturas, formas e cores”.

Sobre orçamentos, tudo vai depender da proposta e conceito. “Analiso uma foto da parede ou superfície que o cliente deseja. Com as referências e dimensão da parede já é possível criar a arte com cores e estilo”.

Curumex também destaca o que os clientes mais pedem. “Quando se trata de um trabalho interno, a arte tende a ser mais clean, geométrico ou em tons pastéis. No externo muitos apostam no colorido ou algo mais simbólico. O que geralmente me pedem são paisagens, lettering e formas geométricas em residências. Em bares apostam no neon, no colorido e na pegada urbana”.

Marilena ao lado de uma de suas obras. (Foto: Arquivo Pessoal)
Marilena ao lado de uma de suas obras. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ela diz ter como estética o cartoon contemporâneo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ela diz ter como estética o cartoon contemporâneo. (Foto: Arquivo Pessoal)

Artista visual, Marilena Grolli é nome conhecido em Campo Grande. Experimentou trabalhar com sprays e pinturas urbanas há 25 anos. Tem como estética o cartoon contemporâneo. “É mais estilizado, colorido, lembra um pouco um gibi. Outra coisa que define meu grafite é a acidez, o humor, as cores fortes e uma identidade única com personagens que eu criei ao longo dos anos”, destaca.

O financeiro parte do processo criativo. “Se for um mural grande e o desenho for mais simples, normalmente nesse caso compensa ser por metro quadrado, que pode mudar de acordo com o material, se for meu ou do cliente”. Mas os preços mudam também dependendo da complexidade do desenho. Marilena ainda destaca que também faz qualquer temática, mas sempre respeitando a identidade da sua arte e seus traços que já estão marcados.

Confira mais do trabalho de cada um dos artistas clicando nos nomes Pedro Morato, Natacha Figueiredo, Curumex e Marilena Grolli.

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