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Arquitetura

Fachada colorida chama atenção para casa que virou peça de arte

Desde que superou crise depressiva fazendo artesanato há 11 anos, Rosângela se refugia nas produções

Aletheya Alves | 03/05/2022 08:25
Casa de Rosângela, na Vila Rica, foi transformada em ateliê. (Foto: Marcos Maluf)
Casa de Rosângela, na Vila Rica, foi transformada em ateliê. (Foto: Marcos Maluf)

Há 11 anos, quando passava por uma crise depressiva, Rosângela Cacho Amador descobriu o artesanato como solução para se recuperar e encontrar novos caminhos. Desde então, ela se refugia nas produções artísticas e, com as restrições geradas pela pandemia de covid-19, se viu sendo salva mais uma vez pelas artes. Foi assim que até sua casa se transformou em uma peça de arte por completo na Vila Rica.

De 2020 para cá, o azul tomou conta do muro em conjunto com ilustrações, a calçada deixou de ser cinza e ganhou o amarelo, enquanto o portão se tornou uma das partes mais coloridas da fachada.

Quadros e filtros dos sonhos fazem parte do catálogo da artista. (Foto: Marcos Maluf)
Quadros e filtros dos sonhos fazem parte do catálogo da artista. (Foto: Marcos Maluf)

Unindo os espaços cheios de cor aos mais variados objetos produzidos por Rosângela, o lar que costumava ser apenas uma residência se tornou o Ateliê Casa da Arte.

“Se não fosse a arte, eu teria surtado com a pandemia. O que realmente me ajudou foi cuidar e transformar a casa”. Aos 51 anos, Rosângela é responsável por cada criação executada no espaço, desde os muros até as telas pintadas.

Rosângela é a artista responsável por todo o espaço e peças. (Foto: Marcos Maluf)
Rosângela é a artista responsável por todo o espaço e peças. (Foto: Marcos Maluf)

Artista plástica, ela conta que se conectou com as produções quando ainda morava em Jardim, interior de Mato Grosso do Sul, e sentiu que precisava mudar os rumos de sua vida. “Eu tive uma crise depressiva, porque ia fazer 40 anos e queria ter algo a mais, na época, eu era dona de casa”, conta.

Pincéis e instrumentos para as produções fazem parte da decoração. (Foto: Marcos Maluf)
Pincéis e instrumentos para as produções fazem parte da decoração. (Foto: Marcos Maluf)

Nesse período, a artista ganhou uma telha decorada de uma amiga e ficou apaixonada pelo objeto. Pouco tempo depois, ainda passando pelo momento difícil, o casal se mudou para Campo Grande e Rosângela foi surpreendida pelo marido, que resolveu dar os instrumentos para iniciar a história com as produções.

“Comecei fazendo caixinhas de MDF, telhas decorativas e entregando alguns pedidos. Fazia tudo num quarto e as pessoas foram gostando. Busquei mais conhecimento, fiz cursos online e me descobri na profissão”, diz.

Produtos vendidos por Rosângela são variados. (Foto: Marcos Maluf)
Produtos vendidos por Rosângela são variados. (Foto: Marcos Maluf)

Desde então, as produções artísticas de Rosângela foram ficando cada vez mais variadas. Pinturas em muros, telas e peças de gesso, filtro dos sonhos, artesanatos com caixas e até decoração de objetos, como cadeiras, fazem parte de seu “catálogo”.

Antes de transformar a própria casa em ateliê, a artista já havia passado por dois endereços na Capital. Conforme ela conta, o último espaço seguiu aberto até o começo da pandemia, mas precisou ser deixado no passado conforme as restrições foram aparecendo.

Até cadeiras são transformadas com novas cores. (Foto: Marcos Maluf)
Até cadeiras são transformadas com novas cores. (Foto: Marcos Maluf)

Inspirada pelos resultados na casa, Rosângela conta que tanto a produção dos itens quanto as aulas significam ajudar a si mesma e apoiar a transformação de outras pessoas que possuem trajetórias parecidas com a sua.

“Geralmente, quem chega aqui está passando por um momento difícil, então eu conto minha história e as pessoas se identificam. As pessoas chegam aqui e falam que sentem uma energia boa.”

Além de produzir os objetos, ela também dá aulas de artesanato e pintura há alguns anos. E de acordo com a artista, precisar interromper o contato com seus alunos foi uma das partes mais difíceis da pandemia.

“Se não fosse a arte, eu teria surtado com a pandemia. O que me ajudou foi cuidar da casa, porque eu sentia muita falta dos meus alunos. No início, eu não queria trazer o ateliê para cá, porque achei que não fosse dar certo, mas com o desenrolar do tempo, vi que dava para usar o espaço e se adequar”, detalha.

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Assim, o que começou com algumas paredes pintadas com cores diferentes, se transformou em uma reforma artística completa na casa. Todos os espaços receberam novos tons e objetos, assim como novos significados.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Rosângela, confira sua página no Instagram, @casadaarteamador.

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