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Arquitetura

Família paranaense mudou a vida com cerâmica que retrata os encantos do Cerrado

Negócio começou pequeno em Bonito e hoje são quase 2 mil peças produzidas por mês

Thailla Torres | 04/12/2018 08:35
As peças fazem referência a natureza de Mato Grosso do Sul.
As peças fazem referência a natureza de Mato Grosso do Sul.

Não é de hoje que a cerâmica encanta, mas a arte milenar tem conquistado cada vez mais o coração de artesãos regionais, que mudam de vida com a beleza que vem da terra. Foi assim com uma professora paranaense que resolveu encontrar paz em Bonito e se descobriu nas cerâmicas que hoje imprimem as belezas do mundo animal, especialmente, dos pássaros.

As peças são bonitas, funcionais e com um diferencial. Na face de cada objeto esmaltado surgem figuras que remetem à região de Mato Grosso do Sul, lugar que a paranaense Sineia Milano, de 62 anos, escolheu para viver.

Copos e xícaras que levam a criatividade da professora aposentada.
Copos e xícaras que levam a criatividade da professora aposentada.
Travessa gaudi.
Travessa gaudi.
Sineia, idealizadora do projeto.
Sineia, idealizadora do projeto.

Foi ela quem deu início ao projeto “Udu Cerâmica Artesanal”, em 2012, conta a filha Joana Milano, de 32 anos, que hoje administra os negócios da família ao lado da mãe. “Minha mãe chegou aqui para abrir uma pousada, mas o investimento era alto. Foi quando ela decidiu se reinventar com as cerâmicas. Antes vendíamos apenas para os turistas, mas com a crise passamos a fornecer para outros lugares”, conta.

Hoje é possível encontrar as peças, todas desenhadas por Sineia e Joana, em bares e restaurantes de Bonito e Campo Grande. Cerâmicas já foram enviadas para o Norte do país e hoje a produção não para, são quase duas mil peças por mês.

Toda a técnica, mãe e filha aprenderam com o ceramista Shoichy Yamada, conhecido pelas técnicas de produção de cerâmicas em alta temperatura. O nome Udu homenageia o pássaro símbolo de Bonito, Udu-de-coroa-azul.

Tijelas lisas, com cores e formas que fazem diferença na hora de servir.
Tijelas lisas, com cores e formas que fazem diferença na hora de servir.
Moringas, bonitas e funcionais.
Moringas, bonitas e funcionais.
Porta guardanapos de pássaros.
Porta guardanapos de pássaros.

Hoje a fábrica da família tem seis artesãos trabalhando na produção das peças, todos são de Bonito. As cerâmicas são produzidas a partir de moldes de gesso, preenchidos com argila líquida. Após o processo de acabamento, as peças secam naturalmente e, quando completamente secas, são queimadas a uma temperatura de aproximadamente 900 graus. Na sequência, as peças são esmaltadas, desenhadas e voltam ao forno. Dessa vez, a temperatura é mais alta, cerca de 1.280 graus.

Pela ligação com a natureza, a família usa a sustentabilidade como caminho da produção a entrega. “Nossas embalagens são todas com material reciclado, reaproveitamos caixas de papelão de estabelecimentos da cidade. A água utilizada no ateliê é de captação de água da chuva. A argila para produção vem de olarias licenciadas”, esclarece.

As lojas ficam em Bonito, na Rua General Osório, 611, Centro e Rua Cel. Pilad Rebuá, 1930.

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Confira a galeria de imagens:

  • Tijelas. (Foto: Ale Teixeira)
  • Porta-guardanapos
  • Vasos de plantas
  • Cubas
  • Luminárias
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