ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Arquitetura

Lugar incrível em Corguinho ensina a construir respeitando limites da natureza

Naiane Mesquita | 25/05/2016 06:20
Distrito tem belezas naturais que incentivam não só a pesquisa (Foto: Divulgação)
Distrito tem belezas naturais que incentivam não só a pesquisa (Foto: Divulgação)

No distrito de Corguinho, a 60 km de Campo Grande, uma reserva ecológica particular se ergue respeitando os limites da natureza e com um objetivo simples, transmitir o conhecimento a quem assim desejar. Tudo isso nasceu do sonho da bióloga Maria do Carmo Andrade Santos, 51 anos, que montou o Instituto Quinta do Sol, por dois motivos: fugir da cidade e ser um porto seguro para pesquisadores.

Cursos de bioconstrução são realizados com frequência
Cursos de bioconstrução são realizados com frequência

“É uma reserva particupar do patrimônio natural (RPPN). Eu tenho a propriedade há uns 18 anos e desde 2008 ela se tornou um centro de pesquisa e treinamento, que recebe pesquisadores e oferece cursos sobre meio ambiente e sustentabilidade”, explica.

O lugar não é turistíco, como ela gosta de frisar, mas agradável. Tem um riacho que passa por perto e um vista espetacular. “Nós temos a nossa meta, que é ser sustentável, trabalhar dentro da sustentabilidade. Procuramos fazer construção com materiais reutilizáveis, o máximo possível”, acredita Maria do Carmo.

Para incentivar esse ponto de vista, a pesquisadora cede o espaço a realização de cursos, como o de Permacultura, nos dias 26 e 29 de maio. Ministrada pela engenheira ambiental, Adriana Galbiati e o permacultor e biólogo, Rodrigo Nantes, a oficina tem aulas dinâmicas e práticas sobre construção do sistema de tratamento de águas negras (vaso sanitário) por meio do plantio de espécies de vegetais. Como as impurezas não chegam às raízes, o canteiro, além de purificar a água, ainda gera alimentos orgânicos.

“É uma fossa ecologicamente correta, com tanque de evapotranspiração. A permacultura tem uma filosofia em que a pessoa tenta viver de uma maenira que utiliza poucas coisas de fora e que seja sustentável. Em breve vai ter outro curso de restauração ambiental, uma mão de obra que não existe no Estado. Recebemos muitos estudantes por isso”, explica.

Espaço tem quartos e cozinhas comunitários
Espaço tem quartos e cozinhas comunitários

Dependendo do curso e da situação financeira dos estudantes e pesquisadores, o preço da diária varia. “Tem escolas que desejam fazer aula de campo e aluga o espaço. O preço é extremamente variável, depende de quantas pessoas for. É preciso pagar a diária, mas ele pode cozinhar aqui. Estudante normalmente tem um problema de dinheiro sério, então tentamos facilitar ao máximo”, diz.

Maria do Carmo nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Promissão. Cursou biologia e se apaixonou pelo Pantanal. Como sempre quis morar no sítio, no mato e precisava de um local para pesquisar, fundou a Quinta do Sol. “Quando ficamos em uma fazenda não há estrutura para receber um pesquisador ou em um hotel, por exemplo. Não pode normalmente fazer nada, chegar sujo e querer comer alguma coisa, levar muito equipamento, trabalhar a noite. Queria que o pesquisador fosse bem recebido”, frisa.

O curso de permacultura custa R$ 600,00 incluindo alimentação e hospedagem. As inscrições podem ser feitas através do e-mail adriana.galbiati@gmail.com. Informações sobre o instituto na página do Facebook. 

Nos siga no Google Notícias