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Artes

Artistas protestam em frente à Prefeitura após três anos sem pagamento de verbas

Naiane Mesquita | 17/02/2016 17:35
Protesto em frente a fundação de cultura reuniu artistas da Capital (Foto: Fernando Antunes)
Protesto em frente a fundação de cultura reuniu artistas da Capital (Foto: Fernando Antunes)

Artistas e produtores culturais de Mato Grosso do Sul se reuniram hoje, em frente a Prefeitura Municipal de Campo Grande para reivindicar uma resolução do prefeito Alcides Bernal (PP) frente a pagamentos atrasados do setor. Vestidos de preto e munidos de um ofício para solicitar um encontro com o prefeito, o grupo se aglomerou em frente ao prédio central, em uma manifestação pacífica.

Presidente da Fórum de Cultura irá se reunir com o prefeito para cobrar medidas (Foto: Fernando Antunes)
Presidente da Fórum de Cultura irá se reunir com o prefeito para cobrar medidas (Foto: Fernando Antunes)

De acordo com o presidente do Fórum Municipal de Cultura de Campo Grande, Airton Raes, o grupo cobra o pagamento de 81 projetos referentes aos editais do Fmic (Fundo Municipal de Cultura de Campo Grande) e Fomteatro (Programa de Fomento ao Teatro de Campo Grande) de 2014, no valor de R$ 4 milhões. “Assim que o prefeito Alcides Bernal voltou para a administração municipal nós realizamos uma reunião com ele, no dia 2 de setembro, em que foi prometido a resolução do pagamento dos editais de 2014, assim como dos cachês atrasados de artistas, que chega a R$ 600 mil e a reativação do conselho municipal de políticas culturais, que desde o movimento de ocupação da Fundac estava desativado”, afirma Airton.

Além dos editais, a classe deseja retomar o diálogo sobre o investimento de 1% do orçamento em cultura e a convocação dos aprovados no concurso público nº 01/01/2011, da Fundac (Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande), homologado em 2012 e que até agora não foi finalizado. “Recentemente, o prefeito marcou e desmarcou três reuniões conosco. Esse ano é eleitoral, temos até julho para que o edital de 2016 do Fmic e Fomteatro seja lançado e o de 2014 seja pago. Lembrando que a lei do Fmic afirma que o fundo deve ser lançado anualmente e em 2015 não houve lançamento”, explica.

Marcos Mattos teve um projeto de circulação de dança aprovado que nunca ocorreu (Foto: Fernando Antunes)
Marcos Mattos teve um projeto de circulação de dança aprovado que nunca ocorreu (Foto: Fernando Antunes)

Segundo o coreógrafo e dançarino Marcos Mattos, 31 anos, do grupo Dançurbana, mais de 2,5 mil empregos foram prejudicados com o atraso dos editais. “Não estamos falando só de artistas, mas de várias pessoas que são beneficiadas com empregos diretos e indiretos relacionados aos projetos culturais. A cidade está sem cultura desde 2014”, ressalta.

A companhia Dançurbana foi aprovada em dois projetos, o primeiro de circulação de dança urbana nas escolas públicas, no valor de R$ 65 mil e um documentário sobre o grupo, no valor de R$ 48 mil. “Esses editais potencializam a nossa ação. Nós queremos solucionar isso, para que a lei seja cumprida”, acredita Mattos.

Após meia hora de concentração em frente a Prefeitura Municipal de Campo Grande, o grupo de artistas, cerca de 30 pessoas, foi chamado para uma reunião com o prefeito ainda na tarde de hoje. “Estão fazendo o cadastro um por um para que possamos conversar com o Bernal”, ressalta Airton.

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