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Artes

Através da lente, Pequeno Gafanhoto enxerga uma cidade diferente

O relógio da 14 de julho e a Afonso Pena são um dos retratos da cidade no perfil do Instagram, que prefere não mostrar rostos

Danielle Errobidarte | 10/04/2020 08:15
Luzes acendidas à noite pela cidade são certeza de clique do Pequeno Gafanhoto. (Foto: Reprodução/Instagram)
Luzes acendidas à noite pela cidade são certeza de clique do Pequeno Gafanhoto. (Foto: Reprodução/Instagram)

O perfil no Instagram (@PequenoGafanhoto) não mostra rostos nem precisa de muita edição para apresentar uma Campo Grande que muitos até já viram, mas não enxergaram. A avenida mais famosa da cidade, a Afonso Pena, já foi fotografada incontáveis vezes, mas nenhuma como o retratado pelo “Pequeno Gafanhoto”.

O apelido que dá nome ao perfil na rede social é de Douglas Correia Barreto, de 22 anos, e veio de uma amiga da escola, por ser o menor da turma. Longe de querer usar um nome óbvio para os cliques, Douglas decidiu que seria uma ótima oportunidade para aproveitar o apelido.

Quem vê as fotos abstratas do garoto, nem imagina que não existe mistério algum parar decidir o momento exato de apertar o botão. “Minha inspiração é a própria rua. Passo a maior parte do tempo rodando a cidade e observo muito ao meu redor, por onde passo. Se aparecer uma ideia de foto, paro na hora e já faço”.

O único retrato que cabe nas lentes de Douglas é o da cidade. Há alguns anos ele fotografava pessoas e dividia o perfil entre retratos e fotos “street”. “Fui percebendo que o que mais gosto é a aleatoriedade das ruas. Fotografo prédios com ângulos diferentes, o pôr do sol iluminado com plantas e as luzes coloridas das fachadas, tudo de forma diferente”.

A esfera de vidro maciça é o novo "brinquedo" do fotógrafo, apaixonado por prédios. (Foto: Reprodução/Instagram)
A esfera de vidro maciça é o novo "brinquedo" do fotógrafo, apaixonado por prédios. (Foto: Reprodução/Instagram)

A aleatoriedade parece ser o único padrão das fotos. Quando começou, contava com a boa vontade dos amigos fotógrafos para ensiná-lo. Ao descobrir como desfocar um objeto diante das câmeras, o Pequeno Gafanhoto não parou mais e está há sete anos se aventurando com as lentes. “Conheci uma pessoa que fazia curso de fotografia e me ensinou como funciona o foco da câmera do meu celular, para as coisas que ficam próximas à lente ficarem nítidas e as do fundo desfocadas. Essa descoberta me deixou bobo e a partir daí saí fazendo foto de tudo que achava pela frente”.

Até o relógio da 14 de julho, cenário para centenas de pessoas todos os dias, vira um novo atrativo pelas lentes dele. Agora, Douglas testa fotos com uma esfera de vidro maciço, que coloca em frente a lente do celular. “Ela inverte o que tem atrás. Se vejo algo que dá uma boa foto e quero usar ela como um item complementar, anoto e executo no dia seguinte como tinha pensado”.

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