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Artes

Cantores preparam apresentação de ópera francesa para setembro

Elverson Cardozo | 28/06/2013 09:46
Integrantes do coro lírico. (Foto: Divulgação)
Integrantes do coro lírico. (Foto: Divulgação)

Depois da estreia do primeiro musical, em abril deste ano, a escola de música Cant’arte, de Campo Grande, volta a se dedicar às óperas. Desta vez, a obra escolhida é “Carmen", do compositor francês Georges Bizet. O espetáculo já tem data marcada. A encenação será nos dias 14 e 15 de setembro, no teatro Glauce Rocha.

A preparadora vocal do grupo e proprietária da escola, Edineide Dias, explica a peça é um triângulo amoroso que envolve uma cigana, mulher fútil, que não dá muita credibilidade para o amor, um soldado e um toreador. Carmen, a cigana em questão, se envolve com o soldado, Don José.

“Ela é presa por causa de um tumulto, mas seduz um rapaz para soltá-la. Eles simulam uma briga, ela vai embora e ele fica preso. No meio disso tudo, surge Escamillo, o toreador”, explicou, resumindo. O grande lance da protagonista, acrescentou, é a sedução. “Ela seduz todos os homens com leviandade. Uma hora se apaixona por um e, na outra, por outro”.

Adaptação - Em Campo Grande, a montagem do clássico, considerado por alguns críticos com a ópera das óperas, será feita em quatro atos, sendo dois seguidos, com intervalos de 15 minutos cada.

“Vai ter alguns recortes, sem nenhum tipo de interferência que prejudique a compreensão”, explicou a preparadora, ao comentar que as músicas que compõe a obra serão cantadas em francês, mas, no telão, haverá tradução simultânea para o português.

Montagem da ópera no teatro Castro Alves. (Foto: Divulgação)
Montagem da ópera no teatro Castro Alves. (Foto: Divulgação)

Pelo menos 25 cantores, entre coro e solistas, devem participar da encenação no teatro. Todos vão estar vestidos com figurinos de época. Carmen será interpretada por Patrícia Ribeiro. Eduardo Meireles dará voz ao soldado Don José. Marcelo Dias, o barítono que foi morar em Curitiba, retorna à Capital para viver o toreador Escamilo.

A ideia inicial é que, no palco, os artistas sejam acompanhados por um teclado tocado a quatro mãos, ou seja, por duas pianistas, Ana Paula Soares e Luzmena Suárez. – A explicação é simples: “É uma obra complexa. Ou você faz com dois pianos, que daria se tivesse espaço, ou vê um arranjo para quatro mãos”. Haverá, ainda, a participação de um corpo de balé, ainda não definido.

Além de complexo, acrescentou, o espetáculo “é visualmente lindo e tem muito virtuosismo na parte de canto”. É uma ópera gostosa de ouvir. É alegre. Todas são meio trágicas, mas essa é alegre. “Tínhamos feito uma ópera verista anteriormente, mais pesada, aí resolvemos fazer essa”, destacou.

Para a Edineide Dias, o novo trabalho, que veio logo depois do primeiro musical, representa uma conquista para todos os cantores que nunca deixaram de fazer ópera. “É uma experiência bacana porque estamos conseguindo manter dois tipos de ressonância e isso é praticamente o domínio da técnica vocal dos alunos”.

Em Campo Grande, “Carmen” será dirigida por Francisco Mayrink, de Minas Gerais. Foi ele que dirigiu “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni, última ópera apresentada pela escola.

Os valores de ingressos para a obra de Georges Bizet ainda não foram definidos.

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