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Artes

Com fim dos shows de graça, já deu tempo de acostumar com o valor dos ingressos?

Naiane Mesquita | 15/09/2015 08:35
Zé Ramalho faz show no dia 25 em Campo Grande e tem ingresso por até R$ 450,00
Zé Ramalho faz show no dia 25 em Campo Grande e tem ingresso por até R$ 450,00

Nos últimos meses, Mato Grosso do Sul entrou na rota de shows da velha ou nova guarda da música nacional. Em meio a toda essa movimentação cultural e o fim de projetos com grandes apresentações gratuitas, como MS Canta Brasil, uma dúvida surge: o campo-grandense ainda reclama muito na hora de pagar o preço do ingresso?

Nando Reis já se apresentou de graça em Campo Grande, mas agora retorna em show pago no Diamond Hall
Nando Reis já se apresentou de graça em Campo Grande, mas agora retorna em show pago no Diamond Hall

Para o diretor geral e produtor do Diamond Hall, Roque Domingos, não. No local estão marcados shows do cantor Zé Ramalho para o dia 25 de setembro e Nando Reis, no dia 27 de novembro.

No primeiro caso, os valores para assistir a apresentação começam em R$ 150, 00 e vão até R$ 450,00 com direito a água, refrigerante e cerveja. Já para o cantor Nando Reis, figura carimbada na Capital, o preço começa em R$ 48,00 e segue até R$ 450,00 (camarote, com tudo incluso).

“Não sinto isso do público, cada casa, cada ambiente já tem o seu público e acredito que o nosso é variado. Tem artista que tem essa mobilidade de cobrar vários preços. Não sinto mais essa reclamação, nós atendemos o público A,B,C e D. O produtor precisa distinguir os preços”, acredita Roque.

Da nova geração da MPB, Marcelo Jeneci faz show no Hangar em novembro
Da nova geração da MPB, Marcelo Jeneci faz show no Hangar em novembro

Produtor do Hangar, outra casa de shows de Campo Grande, mas com uma pegada underground, Thiago Coutinho concorda com o colega.

“Nós sentimos que houve uma evolução no pensamento do público nesse sentido, eles estão reclamando menos. Para dizer a verdade há três anos não tinha muita opção de balada aqui como hoje, com o tempo o público foi acostumando com isso”, afirma.

Thiago diz que traz em média um artista nacional a cada 40 dias. “O nosso diferencial é que temos preços mais populares, no Marcelo Jeneci, por exemplo, o preço começa em R$ 40,00. Como estão tendo mais shows, o pessoal percebe que é o valor mesmo. Cobramos abaixo da média porque ainda tem gente que reclama ou que não paga. Nossa margem de lucro não é muito grande”, ressalta.

Em meio a polêmica, o produtor Bruno Dammus afirma que no teatro muitas vezes o valor dos ingressos é tabelado pela produção de fora.

“Os artistas tem participação na bilheteria, eu gostaria de cobrar mais barato, mas não posso, os valores são estacionados e seguem uma tabela nacional. O custo de trazer uma produção é muito alto, tem dificuldade e sempre vai ter reclamação do público, que não tem opção, que a peça é ruim, mas não tem muito o que fazer”, diz.

Produtor também em Dourados, a cidade vizinha que recebe apresentações nacionais, Bruno afirma que lá a reclamação é menor. “Acredito que é porque eles não tem muita opção. Muitos artistas até dizem que não vão para lá porque o tamanho do teatro não comporta a produção. Mesmo assim, o mercado é mais aquecido em Dourados”, acredita.

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