Com participação dos moradores, filme é lançado na aldeia urbana
O curta mostra a memória, o dia a dia e os desafios de indígenas que vivem na cidade

Nesta sexta-feira (15), às 18h30, a comunidade indígena da Aldeia Urbana Marçal de Souza recebe o lançamento do documentário “Vémo’Um – Nossa Voz”. O título está na língua Terena e significa exatamente isso: “Nossa Voz”. A exibição será no Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena, com entrada gratuita e classificação livre.
RESUMO
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Documentário sobre indígenas urbanos estreia na Aldeia Marçal de Souza. O curta "Vémo’Um – Nossa Voz", que significa "Nossa Voz" em Terena, retrata o cotidiano e os desafios da comunidade. O filme, dirigido por Thaís Umar e Breno Moroni, foi produzido com a participação dos moradores, que atuaram tanto na frente quanto atrás das câmeras. Jovens indígenas receberam treinamento em técnicas audiovisuais e integraram a equipe de produção. O lançamento, com entrada gratuita, acontece hoje, às 18h30, no Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena, com roda de conversa e intérprete de Libras. O projeto, financiado pela Lei Paulo Gustavo, circulará por outras cidades de MS antes de ser disponibilizado online.
O filme foi feito com a participação dos próprios moradores da aldeia, que contaram suas histórias e ajudaram também atrás das câmeras. Antes das gravações, jovens participaram de oficinas de foto e vídeo para aprender técnicas básicas de som e imagem. Alguns, como Bruno e Cauê, fizeram parte da equipe técnica do documentário.
Dirigido por Thaís Umar e Breno Moroni, o curta mostra a memória, o dia a dia e os desafios de indígenas que vivem na cidade. Ao todo, foram gravadas nove entrevistas, que serão disponibilizadas na íntegra no YouTube após a circulação do filme por outras cidades de Mato Grosso do Sul.
Durante a estreia, haverá uma roda de conversa com intérprete de Libras, reunindo elenco e realizadores. Para a diretora Thaís, lançar o filme na própria comunidade é uma forma de reafirmar o compromisso do projeto: dar espaço e visibilidade para as vozes indígenas.
Entre os participantes, a jovem Sâmara Figueiredo se destacou. Ela participou das oficinas e acabou assumindo o papel de entrevistadora no filme. “Foi emocionante conhecer melhor as histórias de pessoas que eu já conhecia, mas sem saber de toda a trajetória delas. Isso me inspira a querer mais projetos como este”, contou.
O documentário foi financiado pela Lei Paulo Gustavo (Ministério da Cultura e Fundação de Cultura de MS) e também vai passar por outras cinco cidades do estado antes de estar disponível na internet.