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Artes

Do lar à escola, Tião não descansa para preservar viola de cocho

Além de repassar modo de fazer a viola de cocho para o neto, o mestre também ministra oficinas

Por Aletheya Alves | 30/03/2024 07:33
Tião, de azul, ensinando sobre modelagem da madeira. (Foto: Daniel Reino)
Tião, de azul, ensinando sobre modelagem da madeira. (Foto: Daniel Reino)

Referência na produção da viola de cocho, o mestre Sebastião de Souza Brandão faz um pouco de tudo para levar a tradição pantaneira ao futuro. Desde ensinar o modo de fazer dentro de casa, ao neto, até ministrar oficinas para crianças e adolescentes, o artesão não para.

Tendo aprendido a tradição com o avô, Tião já ganhou diversos prêmios por manter a prática que é patrimônio cultural brasileiro. E, para seguir no caminho, uma de suas últimas ações foi levar as madeiras e instrumentos necessários para escolas públicas de Campo Grande em parceria com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

Em entrevista ao Lado B sobre repassar o conhecimento (confira o texto completo aqui), Sebastião comentou que faz questão de não abandonar a produção. Um dos pontos essenciais é repassar o conhecimento, algo que aprendeu dentro da própria família.

E, além do próprio mestre se realizar com o modo de fazer, quem acompanha os ensinamentos também vê a cultura sendo valorizada.

Exemplo disso é a diretora da Escola Municipal Professor Vanderley Lopes de Oliveira, Lucilene Fernandes, que celebrou a oficina temática.

Crianças puderam fazer suas próprias violas de cocho. (Foto: Daniel Reino)
Crianças puderam fazer suas próprias violas de cocho. (Foto: Daniel Reino)

“Oportunizar para os alunos conhecer um bem imaterial que já faz parte da cultura sul-mato-grossense é fantástico, não tem experiência como essa. É muito importante, você vê o brilho nos olhos dos alunos em querer conhecer. Eles vão propagar este conhecimento fora dos muros da escola com certeza. É primordial que eles conheçam a história de Mato Grosso do Sul através do artesanato”, relata a diretora.

Também acompanhando o processo de ensino, o coordenador do Arquivo Público Estadual, Douglas Alves da Silva, explica que proporcionar a conexão entre quem mantém as tradições e as novas gerações é essencial.

“Por meio dessas oficinas, nós levamos aos alunos a conscientização do que é nossa cultura e nosso patrimônio, a valorização dos artesãos presentes no Estado”, relata Douglas.

Ainda de acordo com o coordenador, as oficinas são mais uma forma de auxiliar os professores, já que eles ensinam sobre a prática na teoria, mas falta a prática.

Durante a oficina, Sebastião explicou sobre como modelar a madeira, dando a chance dos alunos personalizarem as pessoas e ainda inserirem as cordas.

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