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Artes

Filme sobre pessoas que defendem a justiça social tem sessão gratuita no MIS

Ângela Kempfer | 14/12/2015 17:25
Filme sobre pessoas que defendem a justiça social tem sessão gratuita no MIS

O MIS (Museu da Imagem e do Som) tem uma exibição especial nessa segunda-feira, em comemoração ao Dia Mundial dos Direitos Humanos, que ocorreu em 10 de dezembro. Para marcar a data, o Museu exibe Defensorxs, filme da produtora cearense Nigéria.

O documentário é dividido em 5 partes, abordando questões em diferentes estados brasileiros de 5 regiões. E a história começa por aqui. No capítulo “Tekoha”, o filme fala sobre a luta indígena dos guarani em Mato Grosso do Sul. A ideia era mostrar o conflito pela terra e no momento das gravações a equipe se deparou com o assassinato da líder indígena Marinalva Manoel, aos 27 anos, morta a golpes de faca em Dourados.

Financiado de forma colaborativa, o trabalho não contempla apenas a questão indígena. Apresenta histórias de homens e mulheres que resistem aos impactos de grandes obras, que defendem a justiça social, o território, a livre orientação sexual e outros direitos fundamentais.

A sessão será gratuita, às 19:30, na sede do MIS, na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º Andar.

Veja do que tratam os 5 capítulos de Defensorxs:

1. Tekoha
O filme tem início com capítulo sobre a luta indígena. No Mato Grosso do Sul, o povo Guarani e Kaiowá passa por um momento de tensão e conflitos pelo território. A morte da indígena Marinalva aconteceu exatamente durante as gravações de DEFENSORXS. No filme, há um paralelo entre a renovação da tribo, com as imagens das crianças, e as angústias causadas pelas privações de direitos e pelas ameaças constantes de mortes.

2. Engravatados
Em seguida, o filme adentra os corredores e salas frias do Poder Público e mostra o cotidiano de parlamentares e do sistema Judiciário em relação aos direitos humanos, especificamente no Ceará. A participação social é retratada em uma audiência pública em que organizações que defendem os direitos de crianças e adolescentes reivindicam mais orçamento para políticas públicas.

3. Todas as cores
Fernanda, com uma coroa na cabeça e roupa de rainha de bateria, Márcio e Rafaelly conduzem a narrativa e mostram como as atividades de ONGs e Associações são fundamentais para os direitos dos LGBTs e como essas populações ainda sofrem preconceito no país.

4. Impactos de Belo Monte
Em Vitória de Belo Monte, na região Norte, o espectador é convidado a conhecer de perto a situação que pode ser apontada, hoje, como a maior violação em curso no país: os impactos das obras da usina de Belo Monte. O rio e as lágrimas dos defensorxs são agredidos pelo som das máquinas que constroem a usina que está prestes a entrar em operação. O Xingu sofre o impacto do 'progresso' e os ribeirinhos estão sem peixe, território e identidade.

5. A luta é pra valer
A garra e as conquistas do movimento de moradia encaminham o filme para o fim. O maior espaço urbano do país, São Paulo, é também um dos mais desiguais e muitas pessoas precisam de um lugar para viver. O MTST tem conquistado vitórias nesse campo e é um dos principais movimentos sociais na atual conjuntura. No filme, o cotidiano das ocupações do movimento e dos atos massivos que ele realiza são problematizados.

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