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Artes

Mesclando arquitetura e natureza, Sol é a tatuadora que você precisa conhecer

Artista tem trabalho reconhecido em Campo Grande pela originalidade

Lucas Mamédio | 01/03/2020 07:30
Composição de desenho e tatto no Instagram de Sol (Foto: Arquivo pessoal)
Composição de desenho e tatto no Instagram de Sol (Foto: Arquivo pessoal)

“Significado vivo”, essa a contribuição da tatuadora Sol Ztt para o, digamos, polêmico debate sobre a necessidade de sentido nas tatuagens. Sol entende que uma tatuagem, na pele, adota um significado próprio, que transcende o tatuador e o tatuado.

“Independente do sentido que certa tatuagem vai ter pra mim, o ser que vai colocar ela no corpo vai ter outra interpretação, que é diferente das pessoas que vão ver a mesmo desenho, são universos diferentes em torno daquela mesma tatuagem”, expõe Sol.

A fala dela explica as diferentes compreensões que quem olha seu Instagram, por exemplo, consegue ter. Experimente ler o texto acompanhando parte dos trabalhos da tatuadora no @SolZtt.

Diálogo entre clientes e Sol é vital para processo criativo (Foto: Arquivo Pessoal)
Diálogo entre clientes e Sol é vital para processo criativo (Foto: Arquivo Pessoal)
Sol usa elementos da arquitetura e da natureza para seus desenhos (Foto: Arquivo Pessoal)
Sol usa elementos da arquitetura e da natureza para seus desenhos (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma das perguntas mais clichês do jornalismo para um artista é qual o processo criativo dele. A resposta, sempre dada de forma diferente, aponta para uma mesma direção: a de que não há processo uniforme, a manifestação artística nasce de um arcabouço de situações e sentimentos.

Sabendo disso, perguntei mesmo assim!

Sol, defensora e autora de trabalhos originais, explica que tudo é possível, não existe padrão. Usando a palavra “conexão”, ela toma como exemplo a internet, que conecta tudo a todos, então seu processo passaria por essa lógica do sincretismo tecnológico, tirando elementos de várias conexões feita por ela.

Também formada em Arquitetura, a tatuadora tenta trazer elementos ofício paras as tattoos. “Uso muito a arquitetura nos meus desenhos, além disso gosto de muito de animais, então tento fazer essa hibridização nos desenhos”.

Sol gostaria de ajudar a renovar a cena de Campo Grande (Foto: Arquivo Pessoal)
Sol gostaria de ajudar a renovar a cena de Campo Grande (Foto: Arquivo Pessoal)

Mas falando do jeito que estamos até agora, parece que Sol faz o trabalho sozinha, mas não, existe uma pessoa a ser tatuada, e todo o processo criativo do qual falamos parte de um importante diálogo com o cliente, segundo ela.

“Escuto eles (clientes), busco signos e significados, então é uma troca que busca essa afinação. Porque, com todo respeito, vou estar entrando em outro mundo, eu e ela, pra juntos nós conseguirmos fazer uma história se tornar uma imagem”.

Trabalhando dia a dia, Sol gostaria de ajudar a renovar a cena de Campo Grande quanto à tatuagem, reforçando sempre a bandeira da originalidade e trabalhos autorais. “Sou militante da arte autoral pra tatuagem. Acredito que a arte é expressão do próprio artista e das pessoas.”

Nesse ponto Sol aponta, talvez, uma das vontades mais comuns em artistas, no bom sentido, ambiciosos, a de interpretar seu próprio tempo. “A gente tá colocando um desenho numa pele de uma pessoa, que é única, então temos esse desenho, que também deve ser único, não uma cópia barata de outro artista que faz de tal jeito.

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