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Artes

Na passagem do circo pela cidade, bailarina largou tudo e fugiu com espetáculo

Paula Maciulevicius | 30/03/2014 11:06
Brasileira deixou trabalho e família para fugir com o circo. (Fotos: Marcos Ermínio)
Brasileira deixou trabalho e família para fugir com o circo. (Fotos: Marcos Ermínio)

Os pés já dançavam no palco desde os 4 anos de idade. Aos 18, quando o circo passou pela cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, a bailarina não teve dúvidas. Deixou trabalho e família para trás e movida pela paixão às artes 'fugiu' com o espetáculo.

Aryelle Souza de Freitas, hoje com 22 anos, é uma das brasileiras que integra o “Tihany Spetacular”, circo que chegou a Campo Grande com a turnê “AbraKdabra” neste final de semana.

“É mais ou menos assim, eu fugi. Mas não me arrependo, aprendi muito aqui, é uma oportunidade única e muitas pessoas queriam estar no meu lugar”, conta.

A jovem que começou o ballet aos 4 anos, já era professora na cidade. Dividia o trabalho de dançar, com eventos. Há quatro anos, na temporada do circo em Natal, foi escalada para a recepção ao público. “Quando eu vi, eu me apaixonei. E me falaram você é bailarina. Vai. Me apresentaram ao diretor geral, fiz um teste e no outro dia segui carreira”.

Aryelle Souza de Freitas, hoje com 22 anos, é uma das brasileiras que integra o “Tihany Spetacular”.
Aryelle Souza de Freitas, hoje com 22 anos, é uma das brasileiras que integra o “Tihany Spetacular”.

A história é a mesma contada pelo outro lado. Richard Massoni, um dos astros do circo, o mágico, tem 63 anos de idade, 35 deles de circo. Como diretor-executivo, é para ele que o Lado B pergunta, se alguém já fugiu com o circo. “Fugiu, fugiu não. Mas são artistas que incorporam o espetáculo durante a turnê”, explica. Uma delas foi Aryelle.

Montado nos altos da avenida Afonso Pena, de longe se vê uma estrutura diferenciada. Na entrada, funcionários uniformizados vendem de cachorro quente até pizza e umas rosquinhas que são de matar. Além de algodão doce, pipoca e maçã do amor.

O túnel que leva até às cadeiras chama atenção. Iluminado, cheio de espelhos e fotografias, registra a reação de cada um que dá de cara com as cadeiras. Os setores são bem divididos e sinalizados. As poltronas são de veludo. O ar refrigerado requer casaco, principalmente para as crianças.

As cortinas se abrem e o show começa. O circo impressiona mais do que diverte, mas sem perder a característica de interação com o público. Quem dá as boas vindas são vários palhaços que surgem do palco e também das cadeiras.

O circo impressiona mais do que diverte. Um verdadeiro show em cada ato.
O circo impressiona mais do que diverte. Um verdadeiro show em cada ato.

Ao todo são 18 atos em 2h de espetáculo. O ilusionismo e a magia, os pontos altos da noite, são estrelados por Richard, que chega ao palco num Rolls-Royce. Nas boas vindas ele diz que a pergunta que sempre ouve é a mesma. Se como mágico, não saberia ele os números da mega-sena. “Se eu soubesse, não diria... Me perguntam também se eu sei fazer desaparecer sogra. Se eu soubesse, diria sim”, brinca com o público.

Em quatro níveis, o circo se instalou para ficar por seis semanas em Campo Grande. Montado em Las Vegas, pelas mãos de Richard que surge, do nada, um helicóptero no palco.

Os equilibristas chegam até a dar um ‘frio’ na barriga para quem tem certo receio de altura. Os acrobatas fazem coisas que só um corpo de borracha permite. As dançarinas aparecem a cada ato com um figurino mais glamouroso.

O circo é mágico do início ao fim. Faz surpreender e sorrir e explica o por quê de Aryelle ter ‘fugido’ com o espetáculo.

As sessões são de terça a quinta, às 20h; às sextas, sábados e feriados, às 16h e às 20h e aos domingos, 11h, 16h e 19h. Portadores de Necessidade Especial e crianças de até 1 ano, não pagam. Até sexta os ingressos custam de R$ 40 até R$ 140 de acordo com o setor. Já de sexta a domingo, a partir de R$ 50.

Montado em Las Vegas, pelas mãos de Richard que surge, do nada, um helicóptero no palco.
Montado em Las Vegas, pelas mãos de Richard que surge, do nada, um helicóptero no palco.
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