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Artes

Pedaços do cotidiano em novas ações e funções, uma surpresa criada pelo teatro

Ângela Kempfer | 02/12/2011 18:19
Força e delicadeza em espetáculo Transports Exceptionnels. (Foto João Garrigó)
Força e delicadeza em espetáculo Transports Exceptionnels. (Foto João Garrigó)

A graça da infância vira teatro de adultos. O Fito (Festival Internacional de Teatro de Objetos) brinca com coisas que a gente só costuma imaginar como personagens nas brincadeiras de criança.

É só ter a forma semelhante e pimba! Lá está o objeto-personagem, manipulado por atores ou unido a eles.

Os dois copos de vidro, lado a lado, são casal de namorados. Um sal de fruta, uma semente e fósforo são suficientes para 55 minutos do espetáculo “pequenos Suicídios. A retroescavadeira, pesada, dura e tensa, agora dança como uma bailarina leve.

“Nem dá para imaginar”, diz Lucas, de 10 anos, um dos alunos da rede municipal que hoje viu pela primeira vez uma peça de teatro.

Ao lado dele, o colega Matheus, de 9 anos, responde de pronto. “É porque é teatro, né”.

O francês da Companhia Beau Geste, Philippe Priasso, fundamenta a avaliação de Matheus. “Cada um imagina essa história de um jeito, não há limites”.

É um dueto entra a máquina e o homem que já rendeu cicatrizes em diversas parte do corpo ao humano da história, graças a improvisos diante de movimentos da parceira, que surgem de surpresa.

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias” do Argentino Fernán Cardama.
“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias” do Argentino Fernán Cardama.

Os meninos entram em uma das 3 salas montadas no Centro de Convenções Albano Franco, na avenida Mato Grosso para ver um clássico “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias” do Argentino Fernán Cardama.

Até domingo, quem quiser a mesma experiência vai descobrir novos sentidos para objetos como saca-rolhas, ferramentas, bonequinhos do tipo Playmobil, panelas e outros “pedaços” de cotidiano em diferentes interpretações.

“As pessoas assistem objetos em ações e funções absolutamente distintas das que estão acostumadas”, explica a criadora do Fito, Lina Rosa Vieira.

A dança e as escadas.
A dança e as escadas.

A programação une companhias de 7 países. Pela segunda vez em Campo Grande, o Festival chega 80% renovado, com peças inéditas, a maioria sem limite de idade para o público.

“Esse tipo de teatro começou na década de 70 para adultos, mas hoje temos muita coisa para as crianças”, diz Lina.

O encanto começa já na entrada do Albano Franco. Nuvens de balões brancos têm gotas de ampulhetas que molham grandes relógios antigos, mergulhados na areia.

Também há a banheira com penduricalhos coloridos e bailarinos na dança com cadeiras enamoradas.

O mestre de cerimônias, Pascoal da Conceição, querido “Doutor Abobrinha” do Castelo Rá-Tim-Bum, faz o convite: “Vamos fitar os objetos de uma forma diferente”.

Veja a programação completa do Fito 2011, que amanhã tem show com o músico Otto. A entrada é gratuita e os espetáculos começam sempre às 16 horas.

Veja aqui a programação

O público e a bailarina.
O público e a bailarina.
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