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Diversão

Paraísos Artificiais: Drama regado a sexo, drogas e música eletrônica

Aline dos Santos | 17/05/2012 09:19
Num cenário paradisíaco, Erika e Lara vão das drogas “naturais” às sintéticas. (Foto: Divulgação)
Num cenário paradisíaco, Erika e Lara vão das drogas “naturais” às sintéticas. (Foto: Divulgação)

No conforto da poltrona do cinema, você pensa: o filme só dura uma hora e meia. Mas prepare-se, a viagem é turbulenta. Paraísos Tropicais passeia no tempo, ora estamos no Nordeste do Brasil, ora em Amsterdã (Holanda). Independente se o cenário é a praia do Recife ou o frio europeu, o pano de fundo tem drogas, sexo e música eletrônica.

Transitando pelos dois mundos, sempre estão a DJ Erika, protagonizada por Nathália Dill, e Nando, interpretado por Luca Bianchi. Além da constante sensação de estarem à deriva e tórridas cenas de sexo, eles dividem histórias trágicas relacionadas ao uso de drogas.

O longa-metragem de Marcos Prado (produtor de Tropa de Elite e Ônibus 174) passa longe de lições de morais ou de classificar o que é certo ou errado. No Recife, num cenário paradisíaco, Erika e a amiga/namorada Lara (Livia de Bueno), que vivem ardentes cenas de sexo, vão das drogas “naturais” às sintéticas. Gente bonita, música eletrônica e muita diversão, literalmente, a vida é uma festa.

Nando cruza o caminho de Erika quando ela e Lara decidem ter uma relação sexual a três. A noite acaba em tragédia. Anos depois, a DJ e ele se encontram na Holanda, mas somente ela o reconhece.

Na ocasião, Nando já traz sua parcela de culpa pela morte do pai. Os dois se envolvem, agora com direito a saber nomes e despedidas. Ao desembarcar no Brasil, ele “cai” com drogas e vai parar na prisão. Depois de quatro anos, ao sair da cadeia, vê o irmão mais novo trilhando os mesmos passos que o levaram para atrás das grades.

No fim , quando tudo parece perdido, vem a redenção. O destino, caprichoso, parece dar mais uma chance a Erika e Nando. O enredo levanta a bandeira do questionamento, num tempo em que as drogas já deixaram de ser um problema da casa do vizinho.

Na saída do cinema, os comentários vão de filme muito bom à apenas uma apologia ao uso de drogas. “Só tinha gente bonita e contente usando droga”, diz uma jovem. Sim, é uma leitura possível, mas não a única.

Ficha Técnica

Gênero: Drama / Romance

Classificação etária: 16 anos

Tempo de Duração: 96 minutos

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