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Comportamento

Apesar de riqueza quilombola, MS é excluído do Guia do Afroturismo

MS foi o único estado do Centro-Oeste a ficar de fora do material, mesmo tendo 22 comunidades quilombolas

Por Geniffer Valeriano | 10/07/2025 17:59
Apesar de riqueza quilombola, MS é excluído do Guia do Afroturismo
Trabalhadora na comunidade Furnas do Dionísio, um dos locais citados no guia de afroturismo. (Foto: Marcos Maluf)

Com 22 comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, Mato Grosso do Sul ficou de fora do Guia do Afroturismo no Brasil – Roteiros e Experiências da Cultura Afro-Brasileira, lançado na manhã desta quinta-feira (10) pelo Ministério do Turismo.

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Mato Grosso do Sul, estado que possui 22 comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, foi excluído do Guia do Afroturismo no Brasil, lançado pelo Ministério do Turismo. O documento, desenvolvido em parceria com a UNESCO, visa fortalecer e promover o patrimônio cultural afro-brasileiro. Apesar da ausência no guia nacional, o estado conta com publicação regional própria, lançada em abril, destacando experiências como as Furnas do Dionísio, onde visitantes podem degustar pratos típicos e participar de atividades culturais. O roteiro inclui ainda atrações em Corumbá, Ladário, Campo Grande e Dourados.

Segundo a pasta, o objetivo do documento é “fortalecer, reconhecer, valorizar e promover o patrimônio cultural afro-brasileiro por meio do turismo”. O desenvolvimento do guia ocorreu no âmbito de um projeto de cooperação com a UNESCO.

A seleção dos destinos e roteiros presentes no material foi feita a partir de um processo de escuta, levantamento de dados e articulação com afroempreendedores e comunidades tradicionais de todo o país.

"O Guia organiza as experiências por macrorregiões e por tipo de atividade, trazendo opções que vão de visitas a quilombos e terreiros até circuitos gastronômicos, museus e feiras culturais", afirma o ministério.

Na região Centro-Oeste, foram destacados quatro passeios, nenhum deles em Mato Grosso do Sul, o único estado da região excluído da publicação. Enquanto Mato Grosso e Goiás tiveram roteiros imersivos em comunidades quilombolas e afrodescendentes incluídos.

Apesar de riqueza quilombola, MS é excluído do Guia do Afroturismo
Passeios distribuídos em Mato Grosso, Goias e Distrito Federal (Foto: Reprodução Guia do Afroturismo no Brasil )

Já no Distrito Federal o tour destaca o protagonismo negro na construção de Brasília. “Brasília não surgiu do nada e as pessoas negras não foram apenas força de trabalho nas obras da cidade, mas protagonistas em diversas frentes”, diz o guia.

Mesmo fora do mapa oficial, Mato Grosso do Sul soma 22 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares. Entre elas estão Furnas da Boa Sorte, Furnas do Dionísio, São Miguel, Picadinha. Também fazem parte da lista a comunidade Família Bispo, Santa Tereza,  Chácara do Buriti, São João Batista e Tia Eva Maria de Jesus.

Ainda há a Comunidade dos Pretos, Orolândia,  Família Quintino,  Família Cardoso, Família Araújo e Ribeiro, Família Bulhões e Família Martins da Conceição. A relação se completa com Furnas do Baianos, Família Jarcem, Ribeirinha Família Osório, Maria Theodora Gonçalves de Paula e Campos Correia e Águas do Miranda.

Em abril deste ano, uma publicação regional foi lançada com foco em experiências além das belezas naturais de MS. Com produção da Fundação Estadual de Turismo e do Sebrae-MS, e consultoria do Guia Negro, o guia tem 25 páginas e se divide em tópicos como: “para ir”, “para comer”, “para conhecer”, “para comprar”, “para saber”, “tem carnaval” e “para seguir”.

Entre os passeios, estão as Furnas do Dionísio, onde o visitante pode provar pratos típicos,  como pizza de rapadura, conhecer artesanato local, cachoeiras e participar de rodas de conversa com os anciãos da comunidade.

Corumbá, Ladário e Campo Grande também aparecem no guia regional com destaque para a cultura material e imaterial. Em Dourados, uma das atrações é o Museu dos Orixás, que reúne cerca de 90 imagens de divindades, algumas com quase três metros de altura.

Confira o guia completo: 

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