MS tem 2º maior índice de quilombolas urbanos em territórios reconhecidos
Levantamento do IBGE foi divulgado nesta sexta-feira (9)

Em Mato Grosso do Sul, 28,20% das pessoas quilombolas que vivem em territórios quilombolas delimitados residem em áreas urbanas. O Estado tem o segundo maior percentual do Brasil nesse recorte, ficando atrás apenas de Sergipe. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
RESUMO
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Em Mato Grosso do Sul, 28,20% das pessoas quilombolas residem em áreas urbanas, segundo dados do IBGE divulgados em 9 de novembro. O Estado ocupa o segundo lugar no Brasil nesse aspecto, atrás apenas de Sergipe. A pesquisa do Censo 2022 apresenta informações sobre a população quilombola, incluindo dados sobre sexo, idade e condições de domicílios. A maioria dos quilombolas, totalizando 1.427 pessoas, vive fora dos territórios reconhecidos, enquanto 1.145 residem em áreas delimitadas. No contexto urbano, 47,84% têm acesso à rede de esgoto, 64,85% ao abastecimento de água e 65,32% à coleta de lixo. Na zona rural, esses índices caem drasticamente, com apenas 12,5% tendo acesso à rede de esgoto.
A informação consta na publicação “Censo 2022: Quilombolas – Principais características das pessoas e dos domicílios, por situação urbana ou rural do domicílio”, que traz pela primeira vez dados exclusivos sobre a população quilombola, como informações sobre sexo, idade, alfabetização, registro de nascimento e características dos domicílios.
A porcentagem de 28,20% corresponde a 1.145 quilombolas que vivem em áreas oficialmente reconhecidas como territórios quilombolas. No Estado são reconhecidos a Comunidade Tia Eva, Furnas do Dionísio, Furnas da Boa Sorte, Chácara Buriti, Colônia São Miguel, Picadinha e outros cinco. Já a maioria de 1.427 pessoas (55,48%) reside fora desses territórios.
O Censo de 2022 também mostra que a população quilombola de Mato Grosso do Sul, em sua maioria, está em situação urbana: são 1.635 pessoas, enquanto 937 (36,43%) vivem em domicílios localizados na zona rural. Esse recorte considera tanto os territórios quilombolas delimitados quanto as áreas fora deles.
Características dos domicílios - Em relação às condições dos domicílios, o IBGE revela que, no contexto urbano, 47,84% das pessoas quilombolas têm acesso à rede de esgoto, 64,85% contam com abastecimento de água pela rede geral e 65,32% têm acesso à coleta de lixo.
Já na zona rural, a realidade é bem diferente: apenas 12,5% têm acesso à rede de esgoto, 33,26% ao abastecimento de água pela rede geral e apenas 7,88% contam com coleta de lixo.
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