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Comportamento

Arquiteta procura cães para levar carinho e mudar o dia nos asilos e abrigos

Paula Maciulevicius | 05/08/2016 06:10
Gycelda, dona do hotel resort, com Chicão. Pastor suíço que já fez a primeira visita. (Foto: Alcides Neto)
Gycelda, dona do hotel resort, com Chicão. Pastor suíço que já fez a primeira visita. (Foto: Alcides Neto)

Quando percebeu que o amor que a cerca poderia se espalhar fazendo novos sorrisos, Gycelda chamou clientes para abraçarem uma ideia juntos, a de levar cachorros até abrigos ou asilos. Há três anos, a arquiteta resolveu fazer de casa um hotel resort para cães e o dia a dia lhe ensinou que o carinho vindo deles é infinito.

"A gente vê como o amor tanto da pessoa como do animal é uma coisa indescritível e habituada a ver esse carinho eu fui pesquisar na internet e descobri projetos assim em São Paulo e no Rio", conta Gycelda Maria Rosa Ajala, de 54 anos.

A ideia é por em prática, aqui na Capital, a ida de animais às creches, asilos, abrigos e hospitais. "Isso é comprovado pela Medicina e em vídeos, do quanto que uma interatividade entre animal de estimação e pessoas, faz o bem", completa.

Sara e Sandy, as meninas que também estão cadastradas. (Foto: Alcides Neto)
Sara e Sandy, as meninas que também estão cadastradas. (Foto: Alcides Neto)

Depois de falar com clientes, Gycelda criu a página no Facebook "Patinhas Solidárias" e a primeira visita começou "tímida", apenas com dois cães, Sara e Chicão, na instituição de acolhimento Lar Lygia Hans, no último domingo. O projeto pode ser ampliado, se novos amigos de quatro patas se juntarem.

"As crianças que estão lá foram retiradas da família por maus tratos e quando chegamos com os cães, eu fui às lágrimas, não imaginava que seria assim. Eles são carentes de afeto e os cachorros têm isso, é natural deles, de dar alegria", descreve.

Os pequenos "enlouqueceram" até com os buracos que a dupla do projeto cavou no gramado. "Depois recebi uma mensagem de uma das diretoras, agradecendo porque foi muito bom para as crianças. O que elas precisam é de afeto", frisa Gycelda.

E como cachorro não escolhe quem amar, o afeto é distribuído a todos. No dia da visita, eles correram tanto quanto as crianças e brincaram horrores. De quebra, Gycelda conseguiu também com alguns parceiros, guloseimas para alegrar a tarde. "O que eu queria era divulgar isso, mas em Campo Grande é tudo tão difícil, nem nas praças a gente pode entrar com eles", observa.

Os cães da primeira visita - Sara e Chicão - têm um histórico lindo. Foram resgatados e adotados. Quem antes sofria de maus tratos, hoje faz sorrir.

E o que precisa para participar? "Sendo dócil e interagindo, vamos", convida Gycelda. Antes das visitas, os candidatos passam por um cadastro e os donos precisam acompanhar todo o processo, inclusive as idas às instituições. Os animais que fizerem parte do projeto terão atendimento veterinário gratuito.

"Ele vai atender e não vai cobrar deles, até porque os animais precisam estar sadios", destaca a organizadora do projeto.

Para informações sobre como participar, curta a página no Facebook. Confira alguns dos bichinhos já cadastrados: 

Sara, vira-latinha linda e manhosa.
Sara, vira-latinha linda e manhosa.
Grandão e Chicão "fantasiados".
Grandão e Chicão "fantasiados".
Gretta, bulldog francês e Chicão, o pastor suíço.
Gretta, bulldog francês e Chicão, o pastor suíço.
Toy, filhote de shitsu, de 5 meses.
Toy, filhote de shitsu, de 5 meses.
Bandana faz parte do time dos cãezinhos do "Patinhas Solidárias". (Foto: Alcides Neto)
Bandana faz parte do time dos cãezinhos do "Patinhas Solidárias". (Foto: Alcides Neto)
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