Cansaço dos 145 kg foi alerta para Kauay mudar e chegar vivo aos 30
Além de piadinhas na escola, a obesidade agravou problemas de saúde
Durante boa parte da vida, Kauay Guibson de Araújo Abreu, de 30 anos, encarou o peso como um obstáculo físico e emocional. Com histórico de obesidade na família e diversas tentativas frustradas de emagrecimento, ele chegou aos 145 quilos e passou a enfrentar limitações graves de saúde e autoestima.
“Eu vivia trancado no quarto. Era só trabalho e casa. Não queria sair e nem ver ninguém, tinha vergonha”, lembra o autônomo.
A obesidade acompanhou Kauay desde a infância. Ele é o irmão mais velho, inclusive, eram chamados por apelidos e sofriam bullying na escola. “A gente passava o dia inteiro comendo e eram quantidades grandes", revela.
Mesmo com os episódios de bullying na infância, ele garante que nunca deixou que isso o derrubasse emocionalmente. “Toda criança sofre, mas eu aprendi a lidar. Mas realmente acontecia bastante”, relembra.
A virada veio com o agravamento de problemas de saúde. Mesmo jovem ele passou a ter episódios frequentes de pressão alta, dores nas articulações, cansaço extremo e tremores que se tornaram rotina. “Eu dava uma caminhadinha e já ficava ofegante. Não conseguia agachar. Sentia dor de cabeça direto", conta.
Depois de tantas dietas e tentativas de emagrecimento, Kauay decidiu que não dava mais para adiar uma cirurgia.
Hoje, meses após fazer uma cirurgia bariátrica, Kauay pesa 88 kg e vê o espelho de uma maneira diferente. “A autoestima está lá em cima. Quero sair, quero curtir com os amigos. Hoje coloco a roupa que eu quiser. Mudou tudo”, resume.
Para ele, o procedimento foi mais foi uma nova chance de viver e mesmo com eventuais críticas, Kauay segue firme na decisão.
“Tentei dieta várias vezes. Cheguei a perder 20 kg em um mês, mas ganhava tudo de novo, e em dobro. Eu não conseguia manter. Era como se eu não tivesse controle sobre mim mesmo”, diz.
Ele se preparou psicologicamente por um ano antes do procedimento. “É uma decisão séria. Tem gente que faz e substitui a comida por outro vício, como álcool. Por isso, você precisa estar com a cabeça no lugar. No meu caso, foi muito foco”, reforça.
Atualmente, mesmo com o estômago reduzido, ele ganhou massa muscular com o apoio da academia e acompanhamento nutricional. “Cheguei a 77 kg, mas com treino e alimentação ganhei massa e fui pra 88 kg. Me sinto forte, saudável”, comemora.
Nas redes sociais, ele compartilha a rotina de treinos e fala sobre a experiência que teve. “Foi uma salvação. Pra mim, não funcionava só dieta ou remédio. A bariátrica me obrigou a reaprender a comer, ter controle e me fez querer viver. Hoje sou outra pessoa”, finaliza..
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