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Comportamento

Carro de caixeiro viajante, sucesso na década 1960, ganhou super restauração

Muita gente já viu esse carro parado no Centro de Campo Grande

Thailla Torres | 07/04/2017 07:53
Ford Fairlane foi restaurado para continuar muitos anos na família de André. (Foto: Alcides Neto)
Ford Fairlane foi restaurado para continuar muitos anos na família de André. (Foto: Alcides Neto)

O carro antigo, agora restaurado, é um velho conhecido de quem passa pela Rua Joaquim Murtinho e já observou na garagem, quase na esquina com a Rui Barbosa, o Ford Fairlane empoeirado e com jeito acabado por conta do tempo.

O modelo antigo foi comprado em 1968, por Antônio Nassar. Libanês que chegou ao Brasil com a família, ainda na infância, ele foi o segundo e único proprietário do carro que nunca deixou de funcionar, até o momento de sua partida.

Hoje, a relíquia está nas mãos do neto, André Nassar Nobre, que recuperou a herança deixada na família. 

Como ele estava antes da restauração.
Como ele estava antes da restauração.
E como ficou depois de um ano na oficina especializada. (Foto: Alcides Neto)
E como ficou depois de um ano na oficina especializada. (Foto: Alcides Neto)

O avô era um caixeiro viajante conhecido na cidade, também pelo veículo chamativo na época. "É um carro que traz ótimas lembranças à toda família, principalmente, aos filhos, que eram levados pra baixo e pra cima nesta linda relíquia", diz. 

Mesmo gostando de carros, Antônio nunca teve a intenção de trocá-lo por um modelo recente. Chegou a ter um Maverik amarelo, mas o Fairlane parecia amor incondicional.

"Ele vendeu o Maverik posteriormente, mas nunca abriu mão do Ford. Nele fazia tudo e, quando precisava, era ele quem desmontava, trocava peças e pintava dentro de casa", recorda o neto.

Quando seu Antônio partiu, em 2003, o carro foi entregue a uma das filhas que o entregou a André dois anos depois. Com o novo dono longe do Estado, por conta do trabalho, o carro permaneceu durante anos dentro de casa sem uso, até que ano passado, André resolveu levar a herança para a oficina.

"Digo que ele ficou internado por 1 ano numa empresa especializada. Porque a minha intenção é ficar com ele até chegar o momento de presentear o meu filho Benjamim, que hoje está com 1 ano de idade". 

Na reforma, o carro ganhou nova pintura, estofado e restauração da parte mecânica. Mas 95% das peças são originais.

Além dos planos para o filho, são o afeto e as lembranças do avô que fazem do veículo o xodó de André. "Tem um grande significado, meu avô passou muitas vezes para buscar eu e meus irmãos para passear nele", justifica.

Lembrança do avô Antônio ao lado do Ford. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lembrança do avô Antônio ao lado do Ford. (Foto: Arquivo Pessoal)
Hoje é André que cuida da relíquia com a família. (Foto: Arquivo Pessoal)
Hoje é André que cuida da relíquia com a família. (Foto: Arquivo Pessoal)
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