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Comportamento

Com shoppings fechados, 25 vira "Dia Internacional" para curtir ao ar livre

Sem vitrines, cinema, hambúrguer e espaços recreativos, Natal é um prato cheio para mudar a rotina e curtir com a família os parques da cidade.

Thailla Torres | 25/12/2018 19:00
Agnaldo e a filha Sofia, de 4 anos, jogando bola no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Kísie Ainoã)
Agnaldo e a filha Sofia, de 4 anos, jogando bola no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Kísie Ainoã)

Feriado é um dia livre para aproveitar a família, os amigos ou dar aquele passeio no shopping. Mas no Natal a coisa muda, para o desespero do campo-grandense, todos os centros comerciais em Campo Grande fecham as portas. Um prato cheio para mudar a rotina, sair um pouco com os filhos e aproveitar melhor os parques da cidade.

Depois de invadir o mundo, os joguinhos de celulares ou tablets, tem mostrado um ser humano socialmente isolado, que dificilmente se rende a atividades ao ar livre. Por isso, alguns dizem que nem sempre é fácil tirar a criançada de casa, nem trocar os espaços recreativos do shoppings por uma simples bola colorida na grama. "Se dependesse deles, todo mundo ficaria em casa jogando no no celular ou videogame, ninguém quer trocar a tecnologia", diz a diarista, Maria Lina Corrêa, de 59 anos.

Ao lado dos dois filhos, netos, genro e nora, Maria conseguiu, neste Natal, levar a família toda para o Parque das Nações Indígenas. Na recreação, o tereré, uma jogada de bola e a chance da criançada estrear o brinquedo novo que ganhou de Natal. "Pra mim é uma alegria, porque a semana toda é corrida e nem sempre a gente consegue fazer isso. Não tem passeio melhor".

Alice, de 5 anos, foi estrear a bicicleta nova. (Foto: Kísie Ainoã)
Alice, de 5 anos, foi estrear a bicicleta nova. (Foto: Kísie Ainoã)

A poucos metros de distância da filha, Aline Ávila, de 38 anos, observava sorridente a filha Alice, de 5 anos, brincar com as novas amigas. Elas saíram de casa no Natal para a menina estrear sua primeira bicicleta. A parte positiva de trocar qualquer lugar pelo parque, segundo a mãe, é colocar todo mundo para gastar energia e exercitar. "O pai dela é corredor, ama o Parque das Nações, então a gente acredita que aqui é um bom lugar. Porque brincar somente em casa, as crianças acabam não fazendo atividade física e isso também é importante". 

O funcionário público Agnaldo de Souza, de 49 anos, voltou a ser criança neste Natal brincando com os filhos. Ele é um dos pais que vê o lado positivo de trocar o shopping pelo parque. "Shopping é atração para os olhos e o estômago. Os filhos não saem ganhando nessa, aqui eles correm, tem liberdade, voltam muito mais felizes para a casa".

Jogando bola com a filha Sofia, de 4 anos, e o filho Pietro, de 9, ele não tem dúvidas que o feriado é mais divertido fora de casa. "As crianças gostam e adulto também se diverte. Não é sempre que a gente consegue, mas temos buscado aproveitar mais o parque".

 

Eloísa brincou com o estetoscópio ganhou do Papai Noel. (Foto: Kísie Ainoã)
Eloísa brincou com o estetoscópio ganhou do Papai Noel. (Foto: Kísie Ainoã)
A diarista Maria Lina era só felicidade em conseguir reunir a família no parque. (Foto: Kísie Ainoã)
A diarista Maria Lina era só felicidade em conseguir reunir a família no parque. (Foto: Kísie Ainoã)

Os relatos de faixas etárias e rotinas diferentes é outra prova de que há muitas vantagens no feriado com tudo fechado, basta saber aproveitar. O casal Thiago da Silva Domingos, de 25 anos, e Tamires da Silva Oliveira, de 17, aproveitaram o dia de Natal para namorar, tocar violão e admirarem juntos a paisagem. "Durante a semana a gente não consegue namorar, meu dia é dividido entre o trabalho e a igreja, e o Parque das Nações é o lugar preferido".

Thiago é vendedor de abacaxi pela cidade. Revela que tem horário apenas para entrar e bater a meta de 2 mil abacaxis por dia. "Ganha mais quem vender mais, então tenho pouco tempo para ela. Nosso tempo livre é só fim de semana mesmo", diz sorridente com a sorte de um feriado no meio da semana.

Mas quem não esconde a felicidade com shopping fechado é a vendedora ambulante Albina Valdez, de 67 anos, que há 32 vende bolas coloridas pela cidade. Neste feriado, em 1 hora dentro do parque, ela conseguiu vender 20 bolas. Um paraíso para quem vive os dias da semana debaixo de sol na porta de escola. "Pelo visto vou vender tudo, Graças a Deus".

Albina fica contente em ver o parque cheio e acredita que contribui para a felicidade da criançada. "Não há brinquedo no mundo que tire o encanto de uma bola, toda criança sorri quando compra uma. Por isso, todo dia eu separo um ou duas bolas para dar à criança que não tem dinheiro. O restante eu vendo".

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Sem tempo para namorar durante a semana, casal aproveitou feriado para namorar e curtir o parque. (Foto: Kísie Ainoã)
Sem tempo para namorar durante a semana, casal aproveitou feriado para namorar e curtir o parque. (Foto: Kísie Ainoã)
Em uma hora dentro do parque, Albina vendeu 20 bolas coloridas. (Foto: Kísie Ainoã)
Em uma hora dentro do parque, Albina vendeu 20 bolas coloridas. (Foto: Kísie Ainoã)
Família de Maria Lina reunida, com direito a brincadeiras e tereré. (Foto: Kísie Ainoã)
Família de Maria Lina reunida, com direito a brincadeiras e tereré. (Foto: Kísie Ainoã)
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