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Comportamento

Depois de levar alianças ao altar, Polly morreu, e lembrança ainda emociona

Thaís Pimenta | 23/02/2018 08:43
(Foto: Daniel Ribeiro)
(Foto: Daniel Ribeiro)

A vira-lata Polly esteve presente na vida da contadora Andreia Paniago por 12 anos. O companheirismo marcante nessa relação de amizade sincera fez Polly acompanhar sua tutora até o altar no dia 19 de agosto de 2017, dando seu aval para a amiga casar-se com Renan Reggiori. Para oficializar a relação, a pequena levou as alianças até os noivos em uma cena cinematográfica. Mas o que viria a seguir nenhuma delas esperava: a cadelinha morreu cerca doze dias depois, em 1º de setembro.

Relembrar essa história causa muita emoção em Andreia até hoje, mesmo passados quatro meses da perda. “E eu acho que vou sentir isso pro resto da vida. Essa semana mesmo me veio uma memória muito presente dela, se espreguiçando no tapete da sala. Eu estava deitada lá e estiquei meus braços pra fazer carinho nela. A ficha caiu de novo ali”, conta, emocionada.

Andreia adotou Polly aos dois anos, na época ela ainda estava solteira e morava com sua mãe. “Eu tive outros animais antes mas ela foi a primeira realmente minha, já que os anteriores eram muito mais da minha mãe do que meus”, diz.

(Foto: Daniel Ribeiro)
(Foto: Daniel Ribeiro)

Quando a contadora mudou-se para morar com o, até então, noivo, Polly veio junto. “Foi um período difícil porque eu e Renan já tínhamos combinado de adotar um cachorro. E ela já estava conosco, a Luma, uma rottweiler. Pra que não tivesse estresse, optei por deixar minha vira lata por u tempo com minha mãe”.

Mas nesse período, Andreia descobriu nódulos nas tetinhas da pequena. A levou ao médico veterinário que confirmou um câncer na região, indo até o baço de Polly. “Ela precisou fazer várias cirurgias, retirou o tumor do baço e depois de três meses as tetas, todas elas”, diz. E parecia que Luma entendia tudo. “Elas se deram bem desde então. Quando Polly partiu a outra ficou triste, sentindo falta da parceria”.

Polly viveu por 12 anos com Andreia, sendo sua companheira. (Foto: Acervo Pessoal)
Polly viveu por 12 anos com Andreia, sendo sua companheira. (Foto: Acervo Pessoal)

Já curada, por conta de tantos traumas, a vira-latinha começou a ser mimada pelo casal. Renan foi quem auxiliava a mulher a cuidar e a mimar a pequena. “Fizemos questão de que ela se sentisse da melhor forma possível, que ela fosse feliz como nunca antes”. E foi assim durante dois anos, até o casamento.

A vontade de tê-la perto durante a cerimônia de casamento foi natural. A cerimonialista topou a loucura e sugeriu que Polly levasse as alianças em sua roupinha de dama de honra. Ela foi conduzida pela sobrinha de Andreia e, por incrível que pareça, deu tudo certo. "Ela era uma cadela muito obediente. Eu estava com receito de que ela se assustase com aquele monte de gente mas não! Parecia que ela sabia muito bem o que fazer mesmo sem ter sido treinada", lembra a dona.

A entrega das alianças foi emocionante. "O Renan se agachou para pegar os aneis com a Polly. Ele foi nosso grande companheiro em todos os momentos. Um verdadeiro paizão".

O momento da entrega das alianças. (foto: Acervo Pessoal)
O momento da entrega das alianças. (foto: Acervo Pessoal)

Antes da festa, as duas cadelas participaram também do ensaio de casamento de seus tutores, ou seja, estavam presentes em realmente todos os momentos especiais do casal.

Passados os momentos emocionantes, no dia seguinte do casório, a pequena começou a passar mal. "Eu sentia que dessa vez seria grave", conta. Ela que sempre foi comilona passou a não querer comer de uma hora pra outra. 

A suspeita certeira da mãe, leishmaniose, foi confirmada. "A internamos imediatamente mas ela não respondia ao tratamento, não reagia e eu decidi que ela deveria ficar comigo, ao meu lado, porque eu sabia que a Polly não sairia viva", recorda ela. 

No dia 1º de setembro, sua pequena e querida companheira descansou junto à família que a escolheu como filha. O que fica, além da saudade, é a gratidão. "O que eu achava mais especial nela era o carinho que ela tinha com a gente. Parecida que ela sabia o bem que estava recebendo, tinha uma confiaça muito grande conosco".

As duas filhotas, Luma (esq.) e Polly à direita, no ensaio antes do casamento do casal. (Foto: Daniel Ribeiro)
As duas filhotas, Luma (esq.) e Polly à direita, no ensaio antes do casamento do casal. (Foto: Daniel Ribeiro)

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