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Comportamento

É injusto dizer que confusão de rico só acontece no Damha?

Não podemos negar que o pessoal do Damha se esforça, mas será que não têm outros ricos barraqueiros nessa Campo Grande?

Lucas Mamédio | 16/09/2020 08:26
Foto da confusão da "raquetada" de fevereiro (Foto: Direto das Ruas)
Foto da confusão da "raquetada" de fevereiro (Foto: Direto das Ruas)

Gritaria, puxão de cabelo, cachorro aleatório latindo no meio da rua, tudo isso habita o imaginário das pessoas quando falamos de brigas de vizinhos, principalmente, nos bairros mais periféricos. Só que Campo Grande parece interverter essa lógica, os ricos adoram uma treta, dessas bem fuleiras.

São impressionantes as confusões que os bacanas de condomínios de luxo são capazes de aprontar. O expoente dessa papagaiada toda é o Damha. Ô condomínio pra ter confusão.

Só que lá é outro nível, é briga com raquetada de beach tênis, é zerinho na rua com carro importado, é vizinho com som alto, mas não qualquer som, é com dupla sertaneja contratada. Por último, nesta terça-feira (15), a ex-funcionária de uma casa no Damha III furtou mais de R$ 100 mil em joias da ex-patroa.

 Mas seria injusto dizer briga de rico só acontece no Damha?

Quem não se lembra da loucura que foi a virada de ano dos moradores do condomínio de prédios Jardim do Jatobá. Um piloto de avião, Jonas Mongenot Júnior, 41 anos, foi preso após destruir o apartamento do vizinho na noite do dia 31 para o dia 1º.

Destruição causada por Jonas no apartamento do vizinho no Jardim do Jatobá (Foto: Direto das Ruas)
Destruição causada por Jonas no apartamento do vizinho no Jardim do Jatobá (Foto: Direto das Ruas)

Ele teria soltado bombas na frente do condomínio, o que desagradou alguns moradores, inclusive, o vizinho que teve a casa destruída pelo piloto, que ainda foi ameaçado de morte.

Jonas foi preso em flagrante por policiais militares e liberado alguns dias depois, mediante fiança de R$ 40 mil. Ele ainda responde ao processo por ameaça em liberdade.

Voltando ao Damha, uma moradora que não quis se identificar, disse que não vê relação entre classe social e educação. Que problemas entre vizinhos podem acontecer em qualquer âmbito.

“Eu penso que, independente de classe econômica, confusões ocorrem, porque não é o dinheiro que define caráter. Lá dentro tem muita gente humilde, que batalhou pra estar ali”.

O mais irônico nessa história é que o síndico do Damha III, onde as confusões se concentram, é delegado de polícia. Procurado pela reportagem ele afirmou que não vai se pronunciar sobre qualquer tema ligado ao condomínio.

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