Gustavo dedica gol ao filho, mas sofre golpe da perda no dia seguinte
Em 24 horas, jogador viveu a euforia por marcar ponto e a dor da perda do filho que ainda não conhecia
Gustavo Silva do Nascimento, de 21 anos, viveu em menos de 24 horas os extremos da vida: a alegria de uma conquista na profissão e uma tristeza profunda pela perda de um filho que ele ainda não conhecia. No sábado (13), o jogador do Clube de Regatas Aquidauana entrou em campo contra o time de São Gabriel, marcou um gol e o dedicou à esposa e ao bebê que o casal esperava.
RESUMO
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Jovem jogador de futebol vive momentos opostos em menos de 24 horas. Gustavo Silva, de 21 anos, marcou um gol e o dedicou à esposa e ao filho que esperavam. No dia seguinte, recebeu a notícia da morte do bebê. A esposa, Kaylane Pacheco, sofreu um aborto espontâneo. O casal, que se conhece desde a infância, tinha planos de revelar o sexo do bebê juntos. Apesar da dor, Kaylane mantém a esperança de ter um filho com Gustavo no futuro. A perda também abalou as famílias, que esperavam ansiosas pelo primeiro neto.
Durante a partida, ele usou uma bola embaixo da blusa do time para homenagear a criança. No dia seguinte, ele recebeu a notícia da morte precoce da criança. A notícia acabou com todos os planos e com a felicidade do dia anterior. Gustavo e Kaylane Pacheco, também com 21 anos, se conhecem desde a infância, mas a história romântica dos dois demorou a acontecer.
“É um momento muito difícil, porque independente de nós dois sermos novos, a gente sempre teve o sonho de ter um filho juntos. Quando nós descobrimos, foi uma felicidade imensa, fizemos bastante planos. E foi difícil descobrir longe", conta o jogador.
Natural do Rio de Janeiro, o jogador foi transferido para o time sul-mato-grossense neste ano. A criança estava com quase três meses. O motivo da morte, segundo Kaylane, foi um aborto espontâneo. “Ela estava com a passagem comprada para cá, para me fazer surpresa, para revelar juntos o sexo do bebê. Acho que seria menino.”
Para a mãe, o sonho de ter um filho do jogador não acabou. Ela torce para que um bebê arco-íris apareça para, enfim, serem uma família completa.
“Nós nos conhecemos desde pequenos, sempre tivemos contato, mas ainda era muito difícil nós termos um relacionamento, até que ano passado nós começamos nosso relacionamento de verdade. Desde então, sempre sonhamos em ter nossa família e, se Deus quiser, vamos conseguir nosso bebê.”
O momento é de dor para todos os lados. Esse seria o primeiro neto das avós. “Está sendo um momento delicado para todos da família, todo mundo estava muito empolgado. Seria o primeiro neto, primeiro sobrinho, primeiro tudo. Mas estamos juntos.”
A gravidez foi descoberta quando Gustavo já estava em Aquidauana. “A dor é inevitável, isso foi muito sonhado. Já tínhamos muitos planos, mas os sonhos não acabaram, só vamos ter que virar a página.”, completa Kaylane.
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