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Comportamento

Em um dos endereços mais enfeitadas da cidade, não há crise que abale dona Geny

Adriano Fernandes | 24/12/2015 06:34
Dona Geny no salão principal da casa.
Dona Geny no salão principal da casa.

A tradição de decorar toda a casa, a médica Geny Nakao Ishikawa, de 85, mantém há pelo menos 12 anos. É tanto tempo na ativa, que a curiosidade é sempre grande sobre o que ela vai inventar. Da fachada até o extenso salão principal do imóvel, cada detalhe, cada adereço remete ao dia do nascimento de Jesus.

“Este é o verdadeiro espírito de Natal. Não são só os presentes, a comida ou o Papai Noel, mas sim a comemoração pelo nascimento do menino Jesus cristo”, conta sorridente. O nascimento está no presépio montado, já na entrada da casa, na esquina das ruas Antônio Maria Coelho com Rua Bahia.

Nos jardins, as lâmpadas contornam das plantas até o teto, mas a surpresa mesmo é decoração do salão principal, onde toda família se reúne. Para quem entra na grandiosa sala, a riqueza de detalhes impressiona.

A estrela principal é claro, a árvore, com quase 2 metros de altura, mas por todo o espaço a iluminação também realça as centenas de laços e enfeites. Até o ar condicionado teve de sair de cena para entrar o segundo presépio da casa.

Este ano, o Natal quase não saiu da maneira tradicional, lembra. Dos 4 filhos, uma está na Alemanha e outro irá comemorar na casa da sogra. "Egoísmo de mãe que gosta muito dos filhos. São dez pessoas a menos na festa, contando com os netos. Mas decidi fazer mesmo assim", diz.

A árvore de quase dois metros.
A árvore de quase dois metros.
A mesa já está posta.
A mesa já está posta.
Em um dos endereços mais enfeitadas da cidade, não há crise que abale dona Geny
Presépio dentro de casa.
Presépio dentro de casa.

Ao som dos cânticos de Natal e até de um piano, toda a família e amigos recebem as crianças que, a meia-noite, entram tocando sininhos e trazendo no colo a imagem de Jesus menino, até o presépio.

Religiosa, dona Geni explica que as festas de fim de ano em sua casa são mais que um momento de comunhão entre a família, mas também de comemoração entre amigos. “Além da família, convido meus colegas de viagens, dos retiros espirituais que faço, renovo meus convidados a cada ano. Eu coleciono amigos ”, comemora.

Só para concluir a decoração do salão de visitas, ela levou 15 dias, em uma disposição e vitalidade que impressionam. “A não ser minha funcionária, mais ninguém me ajuda com a decoração", garante.

"Aqui dentro de casa, sou eu quem penduro os enfeites, decoro e organizo sozinha cada detalhe” conta. A decoração que é utilizada todos os anos, ela guarda com carinho em mais 50 caixas com adereços.

Nos jardins de entrada, até a área de lazer, a iluminação exige trabalho redobrado. “Todo ano contrato um eletricista para trabalhar na parte elétrica dos jardins, processo que chega há durar um mês até ficar pronta, do jeitinho que eu gosto”, explica.

Dona Geny também conta que o gosto pela decoração de Natal ela ganhou a partir do ano em que sua casa foi eleita como a mais decorada da cidade, quando o concurso ainda existia em Campo Grande.

Mesmo sem prêmio, é hoje um ponto conhecido pela festa e, sobretudo, pela expressão de fé.

Na parede da sala onde todos se reúnem, uma frase resume perfeitamente a mensagem que dona Geny faz questão de ressaltar. “Sempre haverá Natal, enquanto a fé, a esperança e a paz estiverem em nossos corações".

São muitos detalhes pela casa.
São muitos detalhes pela casa.
Em um dos endereços mais enfeitadas da cidade, não há crise que abale dona Geny
Em um dos endereços mais enfeitadas da cidade, não há crise que abale dona Geny
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