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Comportamento

Foto alivia saudade do tempo que a maior diversão da neta era pescar com o avô

Keyla recorda os melhores momentos com o avô, que partiu em 2011, aos 74 anos

Thailla Torres | 15/02/2018 07:46
Uma das últimas pescarias entre Keyla e o avô Ivo Schlemper. (Foto: Arquivo Pessoal)
Uma das últimas pescarias entre Keyla e o avô Ivo Schlemper. (Foto: Arquivo Pessoal)

A foto acima é a lembrança que alivia a saudade que a farmacêutica Keyla Schlemper Marinho, de 39 anos, sente do avô. Omelhor amigo partiu em 2011 e deixou a lição sobre como as coisas mais simples trazem sentido à vida.

O #TBT de hoje fala do retrato tirado em 2010, durante uma pescaria no interior, um dos passatempos preferidos do seu Ivo Schlemper, avô de Keyla. Por ser a neta mais velha tornou-se parceira de Ivo em quase tudo. Do futebol à pescaria, não há o que ele deixou de ensinar a ela.

“Sempre tive uma ligação forte com ele. Meu avô foi quem me ensinou a dirigir, pescar, fazia meus carrinhos de rolimã e me fez amar o futebol. Mesmo de times diferentes, assistíamos cada partida juntos e fomos companheiros até nas novelas. Mas a pescaria, só eu e ele, é o que mais tenho saudade”, descreve.

Ao olhar a fotografia, Keyla compartilha o carinho que vem à tona quando volta ao passado. “Essa foto foi em um momento de férias. Estávamos em um barco lotado, quando saímos em um barco menor para pescar sozinhos. Lembro que meu pai comprou um motor mais leve para ele poder pescar”.

Ivo gostava tanto de pescar que chegou a trocar a cidade por um tempo. “Morou um período no nosso rancho, no Pantanal, em Porto Morrinho, próximo a Corumbá, de tanto que amava pescaria. Lá ele tinha um porão com suas quinquilharias. Ali consertava, inventava peças e dava um jeitinho em qualquer problema”.

Pai de duas filhas e sete netas, Ivo brincava que tinha a casa das 7 mulheres, onde era rodeado de carinhos e mimos. “Ele era muito mimado por todas, mas dono de um sorriso lindo e um coração enorme, não tinha como ser diferente”.

Sempre orgulhoso de Keyla, seu Ivo confidenciava tudo a Keyla, inclusive, o medo dos médicos. “Ele não acreditava em nada que os médicos falavam ou receitavam para ele. Tanto que sempre vinha com a receita para eu olhar. Ríamos juntos e no fundo é porque ele tinha muito orgulho da minha profissão”.

Ivo descansou silenciosamente em fevereiro de 2011, aos 74 anos. “Faleceu em casa, dormindo. A família estava toda reunida porque havia sido o noivado e a formatura da minha irmã caçula. Foi um dia muito triste”.

Dos tempos de pescaria e conversa, restaram mesmo a saudade e lição de que não é preciso muito para ser feliz ao lado de quem se ama. “São momentos como esse que a vida não apaga e não tem preço entre um avô e uma neta”.

E você? Que fotografia te dá saudade e faz voltar no tempo? Mande para a gente a sua #tbt no Facebook do Lado B ou no e-mail ladob@news.com.br

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