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Comportamento

Tatuador fica "puto" com fim de anestesia e defende regulamentação

Referência em MS, Kallel usou as redes sociais para comentar decisão do Conselho Federal de Medicina

Por Clayton Neves | 28/07/2025 19:15

A decisão do Conselho Federal de Medicina de proibir o uso de sedação em procedimentos de tatuagem, independentemente do tamanho ou região do corpo, provocou polêmica e repercutiu rapidamente entre profissionais da área. Em Campo Grande, o tatuador Kallel Henrique, que faz tatuagem em centros cirúrgicos, usou as redes sociais para defender a regulamentação do serviço.

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Conselho Federal de Medicina proíbe sedação em tatuagens, causando polêmica entre profissionais. Tatuador de Campo Grande defende regulamentação do procedimento realizado em centro cirúrgico com acompanhamento de anestesistas. Ele argumenta que a sedação leve proporciona conforto e segurança, principalmente para pessoas com baixa tolerância à dor ou traumas. A proibição, segundo o tatuador, desconsidera o papel da tatuagem como ferramenta de cura e superação, além de excluir pessoas que dependem da sedação para realizar o procedimento. Ele defende a regulamentação da prática para coibir profissionais despreparados, em vez da proibição generalizada que pune quem atua com responsabilidade. O debate levanta questões sobre a romantização da dor e a necessidade de empatia e inclusão na prática da tatuagem.

Segundo ele, a decisão desconsidera não só a segurança de quem realiza o procedimento com responsabilidade, mas também o direito das pessoas que recorrem à arte como forma de cura.

“Hoje acordei com uma notícia que me deixou profundamente indignado”, escreveu Kallel. No texto, ele afirma que realiza tatuagens com sedação leve endovenosa em centro cirúrgico, sempre acompanhado por anestesiologistas.

“Nunca fizemos intubação, raquianestesia, nem anestesia geral. O paciente apenas dorme de forma leve, segura e acorda sem dor, e com sua autoestima recuperada”, destacou.

O procedimento tem se popularizado entre pessoas com baixa tolerância à dor ou com traumas físicos e emocionais. Casos como o do cantor Igor Kannário, que tatuou o corpo todo em uma única sessão, e da influenciadora Rafaella Santos, irmã do jogador Neymar, são exemplos de celebridades que já optaram pela sedação.

Tatuador fica "puto" com fim de anestesia e defende regulamentação
Tatuagem feit por Kallel em Centro Cirúrgico. (Reprodução / Instagram)

Para Kallel, a resolução do CFM ignora uma realidade em que a tatuagem ultrapassa o limite da estética e se torna ferramenta de superação. “Essa decisão exclui pessoas que só conseguem se tatuar com auxílio da sedação. Gente que passou por traumas, dores profundas, e que encontra na arte da tatuagem uma forma de cura, sem sofrimento”, explicou.

Segundo o tatuador, em vez de proibir, o ideal seria regulamentar a prática e coibir os maus profissionais. “Acredito que essa proibição surge por conta de profissionais despreparados que fazem uso indevido de anestesia. Mas em vez de regulamentar e proteger quem faz certo, preferiram proibir e punir quem faz com responsabilidade”, afirma.

Ele ainda acrescentou em um comentário. “Tatuagem não é um teste de resistência. É uma forma de cura, de arte e de libertação. Já atendi pessoas que ficaram anos sem coragem de fazer uma cobertura por medo da dor. Gente que chorou de alívio depois de acordar da sedação. Gente que dizia “se não fosse assim, eu nunca teria coragem””, relatou.

Para o artista, o debate precisa sair do campo da romantização da dor e avançar para um olhar mais humano. “Isso não é sobre luxo. Isso é sobre empatia e inclusão”, finalizou.

A publicação repercutiu entre profissionais da área e clientes que compartilharam experiências similares e contrárias, expondo o impacto emocional e social que a nova regra pode gerar.

O Lado B tentou falar com Kallel, mas não conseguiu contato até a publicação desta reprtagem. O jornal segue aberto à manifestações.

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