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Comportamento

Larissa comemora ter a medula compatível com paciente de Minas Gerais

Ela foi surpreendida com a notícia de compatibilidade após 10 anos no banco de doações

Thailla Torres | 15/04/2017 08:30
Larissa embarca hoje para Minas Gerais, lotada de amor e felicidade pela chance de salvar uma vida.(Foto: Alcides Neto)
Larissa embarca hoje para Minas Gerais, lotada de amor e felicidade pela chance de salvar uma vida.(Foto: Alcides Neto)

Há um mês, Larisssa Lelis Ferrari, de 28 anos, foi surpreendida com um telefonema. Após 10 anos no banco de doações de medula óssea, finalmente, ela recebeu a notícia de que é compatível com um paciente com câncer, de Belo Horizonte (MG).

A notícia nem era esperada pela administradora depois de tanto tempo. "Eu sempre quis doar sangue. Quando completei 18 anos fui doar pela primeira vez e me perguntaram se eu tinha interesse em ser doadora de medula. Na hora aceitei, mas nunca achei que seria compatível", afirma.

Por mais que todo mundo pense que a felicidade em um momento desses é só do paciente, a informação tem um peso enorme para quem doa, conta Larissa. "Veio uma felicidade muito grande quando soube. Não senti nenhum medo e saber que eu vou poder salvar a vida de uma pessoa é algo que não tem preço. É um sentimento único, difícil até de descrever o que eu estou sentindo".

Jovem passou 10 anos no banco de doações até que foi surpreendida. (Foto: Arquivo Pessoal)
Jovem passou 10 anos no banco de doações até que foi surpreendida. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois do primeiro contato, ela fez novos exames e depois viajou para comprovar a saúde física. "Pediram para eu ir até o Hemocentro daqui fazer novos exames e ter a certeza de que era compátivel, porque os últimos foram feitos há 10 anos. Uma semana depois da certeza, eu fui para Belo Horizonte para fazer ecocardiograma, eletrocardiograma e raio-x. Depois eu já voltei para conversar com a médica e o anestesista", explica.

O próximo passo é conter a ansiedade para o procedimento que vai ser feito na próxima segunda-feira. "Estou super ansiosa, viajo neste sábado e fico o domingo todo internada. Na segunda-feira eu vou doar", diz.

Larissa recebeu apoio da família e da empresa em que trabalha, que a liberou para fazer todos os procedimentos. Após a doação, ela tem esperanças de um dia conhecer o paciente que ajudou. "A única coisa que eu sei é que a pessoa tem leucemia e está com 52 quilos. Que também há 80% de chance de ficar bem. Por isso, eu fico muito feliz. Assinei um termo de responsabilidade e lá diz que após 180 dias eu posso conhecer a pessoa. Eu espero que ela também queira", torce. 

Por uma vida - Quem quiser fazer parte do cadastro de medula óssea deve procurar o hemocentro mais próximo, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

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