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Comportamento

Maria já foi uma "garota pick me" e não se envergonha disso

Expressão em inglês ganhou as redes e é usada para descrever quem tenta se destacar a qualquer custo

Por Natália Olliver | 19/11/2025 07:18

Você já ouviu falar no termo "pick me"? A palavra em inglês vive aparecendo nas redes sociais e muita gente não sabe o que é. A campo-grandense Maria Eduarda Terencio, de 21 anos, já foi uma garota "pick me" e não sente vergonha disso; pelo contrário, ela acha que a coisa toda é bem engraçada. Para mostrar o quanto está à vontade com o tema, a influencer gravou um vídeo explicando por que era uma, e choveu comentários e visualizações.

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Maria Eduarda Terencio, influenciadora digital de 21 anos, compartilhou suas experiências como uma "garota pick me" durante a adolescência. O termo, que significa "me escolha" em inglês, refere-se a pessoas que buscam constantemente validação e atenção dos outros. Em um vídeo viral, a campo-grandense relembra momentos em que cantava espontaneamente durante as aulas, esperando ser descoberta por produtores musicais. Hoje, ela encara essa fase com bom humor e destaca a diferença entre ser "pick me" e trabalhar como influenciadora digital, enfatizando que a busca desesperada por aprovação não é saudável.

Para quem está por fora, o Lado B te explica. A expressão "pick me" significa, na tradução literal, "me escolha". Ou seja, é quando uma pessoa faz de tudo por validação dos outros, para aparecer e ser escolhida como a melhor em algo. No caso de Maria, ela era a que sempre cantava do nada na sala, durante as aulas na escola. Gostava de ser vista.

A frase ganhou as redes há algum tempo, após a série Grey’s Anatomy exibir a cena em que a protagonista Meredith praticamente implora para que Derek, seu par na série, a escolha em vez da esposa. Desde então, a internet abraçou o termo, às vezes com humor, às vezes de forma crítica.

Maria explica que, quando usa o “pick me”, é puramente irônico. No vídeo em que relembra a adolescência, brinca dizendo que era uma “garota pick me” porque tinha certeza absoluta de que alguém iria descobrir o talento musical dela em plena sala de aula.

"Esse vídeo é uma lembrança engraçada da época da escola. Eu brinco dizendo que eu era uma “garota pick me”. Eu era aquela aluna que cantava na sala achando que um produtor de música iria bater na porta da escola e me transformar em cantora".

Quando veio a pandemia, ela levou a mesma energia para as aulas on-line. Cantou no microfone, achando que iria emocionar todo mundo, mas a reação foi exatamente o contrário: silêncio total, câmeras desligando.

"Um show de vergonha alheia coletiva. No vídeo eu conto isso de forma bem-humorada, porque hoje eu acho essa fase muito divertida de lembrar. Eu sempre gostei de ser artista, cantar, atuar e me comunicar com a câmera. Eu mostrei isso sempre, inclusive na escola. Muita gente julgou e não acreditou. Desde criança eu passei por cima de tudo, até das críticas dos colegas. Eu sempre quis ter uma voz, então passava uns perrengues engraçados pra mostrar o meu talento".

Quanto à vergonha de ter feito essas coisas, ela diz não ter e afirma que o termo, para ela, significa uma fase em que a pessoa tenta ser escolhida o tempo todo, seja por atenção, por aprovação ou por validação dos outros.

"Não vejo isso como uma vergonha; foi engraçado. O pessoal da escola pode ter sentido vergonha, mas eu acho que sempre fui uma criança/adolescente autêntica". Lidando com a internet, ela explica que, apesar de a área ser um ambiente propício para os "pick me", existe uma grande diferença entre o influenciador e eles.

"Mostrar seu trabalho, criar conteúdo e aparecer na internet é normal; hoje faz parte da vida de muita gente, é carreira, é comunicação. O “pick me” acontece quando a intenção deixa de ser expressão ou trabalho e vira uma busca desesperada por validação. A pessoa passa a se submeter a situações que não fazem bem, só para agradar ou para receber aprovação. Isso não é saudável para ninguém".

Maria ressalta que ninguém nunca a definiu assim e que nunca soube de nada sobre a "fama" disso.

"Mas com a exposição na internet, onde tem milhões de pessoas com opiniões diferentes, é possível que alguém pense isso, a gente nunca controla totalmente a percepção dos outros. Mas, pessoalmente, eu não me considero".

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