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Comportamento

Na data histórica, mulheres saem às ruas: aposentadoria fica, Temer sai

Paula Maciulevicius | 08/03/2017 06:30
Imagem das mulheres em uma das manifestações de 2016. (Foto: Arquivo/Sérgio de Souza Junior)
Imagem das mulheres em uma das manifestações de 2016. (Foto: Arquivo/Sérgio de Souza Junior)

Nunca foi um dia de se comemorar e sim de colocar em pauta a mulher na sociedade. Neste 8 de Março, o núcleo da Marcha Mundial das Mulheres de Campo Grande sai às ruas para batucar pelo Fora Temer e contra o retrocesso nas políticas sociais. A concentração será a partir das 17h, na Praça Ary Coelho.

A "Batucada Feminista" quer levar à reflexão, no dia simbólico, da reforma na Previdência, que dificulta, para não dizer "acaba", com a aposentadoria. "Este ano colocamos como pauta principal, porque para nós este será um baque maior para as mulheres como um todo", resume uma das organizadoras do movimento, Maysa de Oliveira, de 35 anos.

O movimento Marcha Mundial das Mulheres está presente e ativo em 400 países e no Brasil, desde 2000. "Estamos fazendo nacionalmente este dia em função do desmonte que estamos vivendo nas políticas públicas, sobretudo para as mulheres", reforça Maysa.

A manifestação de hoje será com alegria, cantoria e palavras de ordem, no sentido de dialogar com a sociedade. O horário foi escolhido pela organização por coincidir com o fim do expediente das trabalhadoras. "Como muitas de nós não vamos conseguir parar em greve, como muitos movimentos estão fechando", argumenta Maysa.

Neste 8 de Março, o núcleo da Marcha Mundial das Mulheres de Campo Grande sai às ruas para batucar pelo Fora Temer e contra o retrocesso nas políticas sociais.
Neste 8 de Março, o núcleo da Marcha Mundial das Mulheres de Campo Grande sai às ruas para batucar pelo Fora Temer e contra o retrocesso nas políticas sociais.

Criada em 2013, a Batucada Feminista dá suporte à luta da Marcha Mundial das Mulheres e leva para ruas ações contra a mercantilização do corpo e da vida das mulheres. 

Além de um instrumento utilizado para a discussão política, se usa de novos ritmos, músicas e palavras de ordem a partir do cotidiano da vida e da luta das mulheres e que os retratam, seja na denúncia do machismo ou nas alternativas encontradas pelas mulheres para a construção de um mundo igual.

Feita a partir de materiais reciclados, quando a batucada sai às ruas, as mulheres estão dizendo que querem outras práticas e que não aceitam a cultura musical machista e preconceituosa ouvida todos os dias, seja no rádio, nos shows ou nos programas de TV, que utiliza usa a figura feminina como iscas de mercado. 

Quem quiser participar do movimento, os materiais são mais fáceis do que a gente imagina e pode ser: tambores de plástico, latas de querosene, latinhas de refrigerante e cerveja, cabos de vassoura e garrafas plásticas.

Além da movimentação desta quarta-feira, o Movimento tem agenda intensa:

Programação

8 de Março

- Mulheres na Ciência
Local: Casa da Ciência na UFMS
Horário: 17h

- Exibição e debate do filme "As Sufragistas"
Local: MIS - Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559
Horário: 19h

9 de Março

- Exibição e debate do filme "Hija de la Laguna"
Local: MIS - Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559
Horário: 19h

10 de Março

- Exibição e debate do filme "Hija de la Laguna"
Local: MIS - Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559
Horário: 19h.

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