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Comportamento

Disparo, mãe morta e uma vida pela frente... como criança pode superar tragédia?

Psicóloga reforça que é preciso acolher o sofrimento e explicar que não foi culpa dela

Por Aline dos Santos | 16/06/2025 10:39
Disparo, mãe morta e uma vida pela frente... como criança pode superar tragédia?
Tragédia em Rio Verde: Casal estava na varanda de casa quando criança pegou a arma da mesa (Foto: Reprodução)

A tragédia que aconteceu no município de Rio Verde de Mato Grosso, a 203 km de Campo Grande, onde um menino de 2 anos fez disparo acidental e matou a mãe, traz alerta sobre como ajudar as crianças que acabam se tornando protagonista de tristes episódios.

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Uma tragédia em Rio Verde de Mato Grosso, onde um menino de 2 anos disparou acidentalmente uma arma e matou a própria mãe, levanta questões sobre o apoio psicológico necessário em casos similares. Especialistas destacam a importância do acolhimento e do esclarecimento à criança de que não houve culpa intencional. O acidente ocorreu quando o menino encontrou uma pistola desprotegida, pertencente ao pai, um bombeiro militar aposentado. A mãe, de 27 anos, foi atingida no braço e no peito, não resistindo aos ferimentos. O caso resultou em acusação de homicídio culposo e omissão de cautela contra o pai.

“É uma situação delicada, pois ao mesmo tempo em que é grave, é acidental. Não é culpa da criança. Mas é natural que em alguns momentos ela se critique. Então, os adultos ao redor têm que ter claro o que fazer. Acolher o sofrimento e explicar que não foi culpa dela, que ela não tinha ideia do que poderia acontecer”, afirma a psicóloga Karolina Leite, especialista em infância e adolescência.

Neste contexto envolvendo crianças, os adultos desempenham papel fundamental.

“A criança precisa ser cercada de muito amor. Não vincular um acidente a quem ela é. O acidente foi um acontecimento. Os adultos em volta serão a base com que a criança irá se definir”, reforça a profissional.

Disparo, mãe morta e uma vida pela frente... como criança pode superar tragédia?
A psicóloga Karolina Leite é especialista em infância e adolescência. (Foto: Arquivo pessoal)

Na jornada da vida, com o passar dos anos, podem surgir pensamentos de desvalor, por isso são aconselháveis acompanhamento psicológico e terapia. No futuro, esses pensamentos impedem, por exemplo, o agora adulto a concorrer um bom emprego ou levá-lo a vícios.

“São pensamentos como eu não mereço ser feliz porque fiz algo terrível, não tenho valor como pessoa, sou uma pessoa ruim. Pensamentos autodefinidores como esses podem estar presentes desde a infância, por isso a terapia também é aconselhável. Mas seu meio terá uma influência grande no surgimento ou não desses pensamentos”, diz a especialista, que atua na Clínica Serene.

Acidental – Na noite da última sexta-feira (dia 13), os pais estavam em volta de uma mesa quando o menino pega a pistola, a manuseia por alguns segundos e dispara. Atingida, a mulher de 27 anos tenta correr, mas cai logo à frente.

A vítima chegou a ser levada ao hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. O pai do menino, um bombeiro militar aposentado, responderá por homicídio culposo (sem intenção) e omissão de cautela na guarda do armamento.

No episódio da tragédia em Rio Verde, a arma estava carregada, sem a trava de segurança acionada e fora de um local trancado.

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