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Comportamento

O tempo passa, o tempo voa e após 35 anos turma do Bamerindus segue numa boa

Em Campo Grande, 80 pessoas de diversos estados do País se reencontraram para falar da amizade que surgiu no trabalho de bancário

Danielle Valentim | 10/09/2019 07:32
Festa reuniu cerca de 80 pessoas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Festa reuniu cerca de 80 pessoas. (Foto: Arquivo Pessoal)

O slogan que fez fama do Banco Bamerindus traduz bem a festa do último sábado (7). O tempo passa, o tempo voa e, apesar de 35 anos de distância, a amizade da turma de cerca de 40 ex-bancários da extinta agência 0238 continua numa boa. O grupo comemora o carinho que resiste, apesar de viver espalhado por diversas cidades do País. Para o encontro em Campo Grande, veio gente de Brasília, Cuiabá e até Manaus.

O primeiro evento do tipo aconteceu em 2016, na Associação da Bamerindus, na Vila Popular, mas reuniu pouca gente. O grupo se fortaleceu no WhatsApp como “Boas Amizades” e a comemoração  foi oficializada no fim de semana.

A maioria saiu do ramo e hoje trabalha em outras funções. Uma delas é a Marcely Moraes Vasques, de 53 anos, que atualmente trabalha junto à família. A ex-bancária fez parte da comissão de organização e cedeu sua chácara para o encontro.

Da esquerda para a direita, Plínio, João Carlos e Gilmar; Kátia, Kenia, Dorinha e Marcely de óculos.
Da esquerda para a direita, Plínio, João Carlos e Gilmar; Kátia, Kenia, Dorinha e Marcely de óculos.

“Desde que nos conhecemos, muita gente foi embora e outra parte já faleceu. Em 2016 nós tivemos um encontro, mas quem não foi ficou na vontade de fazer um novo. Eu e uns amigos conversando resolvemos fazer. Fizemos uma comissão de festa, para organizar quem ficaria com cada coisa”, conta.

O grupo é formado por pessoas que iniciaram as atividades na agência 0238 entre 1983 e 1985. Marcely trabalhou sete anos como bancária e depois que saiu nunca mais trabalhou na área. Ela conta que as amizades se fortaleceram, porque muitos iniciaram muito jovens na carreira. “Foram dez anos trabalhando juntos. A maioria começou com 18 anos e passou toda a juventude trabalhando ali na agência”, lembra.

A festa no sábado começou por volta das 9h30, com show musical e almoço. A churrasqueria foi comandada pelos próprios colegas, principalmente,Reinaldo, Inácio e Robson Targino. Muitos vieram a Campo Grande com a família, outros sozinhos.

A emoção tomou conta dos presentes que prolongaram a festa e muito bate-papo até o fim da tarde. Algumas pessoas aproveitaram a hospedagem e repousaram na chácara até o domingo. “Foi uma emoção tão grande, tão forte, que não dá para explicar”, frisa Marcely.

Marcely e Volney durante as comemorações. (Foto: Arquivo Pessoal)
Marcely e Volney durante as comemorações. (Foto: Arquivo Pessoal)

O bonitense Volney Becker, de 54 anos, hoje atua em um escritório de representação comercial em Manaus (AM). Ele também precisou apertar a agenda para conseguir estar presente.

“A gente sempre organiza a vida da gente, mas como no outro encontro eu tinha outro compromisso na data, esse ano me organizei e consegui ir. Mas foi muito bacana rever amigos de 30 anos, alguns eu tenho contato frequente, porque normalmente vou três vezes ao Mato Grosso do Sul, porque sou de Bonito, mas muitos não via há 30 anos, que é o tempo que estou em Manaus”, pontua.

O atual contador Fernando Flores Correa aproveitou a vinda a Mato Grosso do Sul para dar um pulo em Três Lagoas, no dia anterior. Na sexta-feira, ele participou de um baile anos 60, 70 e 80, na cidade natal de Três Lagoas, onde foi homenageado.

“Esse baile também foi o reencontro dos amigos que nasceram no Bairro Feijão Queimado, hoje chamado de Bairro Nossa Senhora Aparecida. Saí da festa às 4h, descansei duas horas e fui para Campo Grande, onde aconteceu o encontro”, conta.

Os churrasqueiros.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Os churrasqueiros. (Foto: Arquivo Pessoal)
Nazareth e Marcely na festa do último sábado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Nazareth e Marcely na festa do último sábado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Fernando fala da emoção e do desejo de participar dos próximos aniversários do grupo. O contador também é síndico em Brasília. “Foi emocionante esse encontro. Encontrei amigos verdadeiros que não os encontrava a mais de 35 anos, tive que me organizar, mas quero participar sempre”, finaliza.

A coordenadora de escola municipal, Nazareth Batista de Oliveira Amaral, de 53 anos, veio sozinha a Campo Grande. O marido deu todo o apoio e, inclusive, as passagens.

“Meu marido me apoiou, pois se trata de um evento que foi muito significativo pra mim. Eu morei em Cuiabá desde que saí do banco e agora moro em Várzea Grande. Como sou efetiva no município, minha diretora precisou me dispensar na sexta à tarde”, conta.

Nazareth se lembra da ansiedade e expectativas em relação à receptividade no reencontro. “Mas quando os reencontrei foi como se tivesse voltado no tempo. O carinho, a amizade, tudo era igualzinho. Então percebi que realmente tinha valido a pena sair de um estado para o outro para essa confraternização. Pretendo participar outras vezes, foi muito bacana”, pontua.

Parte do grupo durante a festa. (Foto: Arquivo Pessoal)
Parte do grupo durante a festa. (Foto: Arquivo Pessoal)

O banco - O Bamerindus foi um banco brasileiro com sede em Curitiba (PR). Fundado por Avelino Antônio Vieira, em 1929, o grupo empresarial entrou em dificuldades, em 1994, e acabou entrando no Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional).

O programa de recuperação não obteve resultados e em 1997 houve a intervenção da instituição pelo Banco Central e parte do banco foi incorporada pelo HSBC, e a outra parte, pelo Banco Central. Seu último presidente foi José Eduardo de Andrade Vieira. Em 2016, o Bradesco concluiu a compra das operações do HSBC por R$ 16 bilhões.

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