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Comportamento

Para fazer fotos com Fusca 74 na praia, casal viaja 1,2 mil km até o Paraná

Elverson Cardozo | 08/01/2015 06:15
Para compensar a viagem de 12 horas, foto na praia, e na companhia do Fusca, que ficou atolado, mas depois saiu. (Foto: Arquivo Pessoal)
Para compensar a viagem de 12 horas, foto na praia, e na companhia do Fusca, que ficou atolado, mas depois saiu. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para botar um Fusca “azul calcinha”, ano 74, na praia, e fazer fotos ao lado dele, a historiadora Célida Vanilda Villalva, 28, e o namorado dela, o mecânico Cristiano Heleno Silva, 41, enfrentaram uma viagem de 12 horas e percorreram 1,2 mil quilômetros de estrada, de Campo Grande a Guaratuba, no Paraná.

Na chegada, o casal não pensou duas vezes e colocou o carro na areia, de frente para o mar, e fizeram uma sessão de fotos que atraiu curiosos. As fotos saíram, mas o Fusca, que é rebaixado ficou lá, atolado. Mas a ajuda logo apareceu. “Tiraram com uma caminhonete. Como chama atenção, dificilmente passamos aperto”, conta.

Fusca atolado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Fusca atolado. (Foto: Arquivo Pessoal)

A aventura aconteceu em Dezembro, no Natal. Na tarde do dia 25, Célida e Cristiano deixaram Campo Grande e passaram a madrugada na estrada. Só chegaram no dia 26. No Caminho, na rodovia, despertaram a curiosidade de motoristas.

“As pessoas paravam a gente para perguntar, principalmente quando estávamos mais perto, fora do Estado. Olhavam o Fusca e a placa e perguntavam se a gente tinha rodado mesmo ou se era só a placa. Alguns filmaram também”, conta.

A dúvida mais comum, no entanto, é com relação à capacidade do “possante”. “Querem saber se anda, se não estraga. Na visão das pessoas Fusca não anda”, diz. Mas isso não é verdade, afirma. Na estrada, a velocidade média foi, segundo ela, de 110/120 km/h.

O conforto e a segurança foram garantidos. O carro foi bem revisado, reforça. Tem, além de alarme, ar e DVD. Os bancos são originais, com molas. É possível, sim, dar uma boa descansada, diz. Na ida, além do congestionamento, o único “perrengue” enfrentado foi com o cabo do velocímetro, que arrebentou bem perto da praia. Mas isso não interrompeu a viagem. Na volta, nada aconteceu.

Viagem foi tranquila, tanto de ida como de volta.  (Foto:  Arquivo Pessoal)
Viagem foi tranquila, tanto de ida como de volta. (Foto: Arquivo Pessoal)

Cristiano foi quem dirigiu. Ele é o dono do carro, mas os dois dividem a paixão pelo Fusca. Célida é presidente da Confraria dos Apaixonados por Fuscas, em Campo Grande, e também tem o dela, herança de família.

Na Capital, a jovem vive organizando encontros para trocar experiências com outros amantes do modelo. Foi em um desses eventos, denominados “Fusqueadas”, que ela conheceu o namorado.

Com ele, Célida já fez outras viagens. Uma delas foi pra Assunção, Capital do Paraguai, em um comboio que reuniu mais de 20 Fuscas. A ida à praia e a foto do carro na areia foi a realização de um sonho, mas a intenção é ir além.

“Meu sonho é viajar para Ouro Preto e tirar fotos na praia de Tiradentes. Acho que dá dois mil quilômetros. Mas quero ir com o meu”, revela. E completa: Na minha infância eu sempre viajei de Fusca. Para mim, isso é reviver o passado. É muito gostoso”.

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