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Comportamento

Para viver de música, vale até manter relação com a banda à distância

Dos cinco integrantes da Codinome Winchester, só dois moram em Campo Grande, por isso, o pessoal vive viajando

Jéssica Fernandes | 05/06/2022 07:31
Banda de Campo Grande, Codinome Winchester tem nove anos. (Foto: Bruno Lindenberg)
Banda de Campo Grande, Codinome Winchester tem nove anos. (Foto: Bruno Lindenberg)

Quem pensa que só namoro ou casamento são relações vivenciadas a distância se engana, porque tem uma banda que vive na função de cruzar o estado para manter a união a carreira em dia. É o caso da Codinome Winchester que tem dois de cinco membros residindo em Campo Grande e os demais em São Paulo (SP).

Os rapazes vivem na função de fazerem viagens de ônibus ou de avião para tocarem juntos ou organizarem os projetos. O grupo é composto por Guilherme Napa (Bateria/Bateria eletrônica); Arthur Maximilliano (Guitarra); Luciano Armstrong (Guitarra / Sintetizador); Thiago Souto (Baixo) e Fillipe Saldanha (Voz).

Guilherme Gonçalves de Oliveira, 28 anos, é um dos membros que costuma ir para São Paulo com frequência, assim como Arthur. Em 2017, ele conta que toda a banda se mudou para São Paulo, porém na pandemia somente três dos amigos continuaram residindo na cidade. “Por causa da pandemia alguns voltaram para cá,  mas todo mundo achava que em dois ou três meses a poeira ia baixar, mas não. Durante a pandemia como as passagens estavam num preço menor conseguimos usar mais, mas agora tivemos que voltar a usar mais busão”, fala.

Baterista, Guilherme costuma viajar para São Paulo. (Foto: Bruno Lindenberg)
Baterista, Guilherme costuma viajar para São Paulo. (Foto: Bruno Lindenberg)

O baterista comenta que as reuniões presenciais com o grupo sempre acontecem com o objetivo de compor novas obras. “Quando vamos é mais para fazer produções, compor, fazer o momento mais criativo mesmo. Quando eles vêm para cá, tentamos marcar shows para a galera”, diz.

Para não ficarem constantemente viajando, o pessoal tem equipamentos de gravação em casa, por isso, o músico explica que algumas coisas são resolvidas a distância. “A gente aproveita para ir quando dá, ficamos de olho nas passagens, mas temos um estúdio em casa para não ter a dependência de estar sempre tocando junto”, afirma.

Apesar da correria, ele conta que todos estão adaptados com a dinâmica. “Desde antes da gente mudar para São Paulo já estávamos acostumados. Foi a pandemia que virou tudo de cabeça para baixo”, reforça. Em relação aos gastos de viagens, ele garante que a banda custeia as despesas. “Não é um lance tão individual, porque temos o caixa da banda. É uma parceria bem legal”, frisa.

Grupo no Estúdio 45 produzindo o EP Fase Cinza. (Foto: Bruno Lindenberg)
Grupo no Estúdio 45 produzindo o EP Fase Cinza. (Foto: Bruno Lindenberg)

Devido ao compromisso e as responsabilidades que todo o grupo tem um com o outro mesmo à distância, o baterista brinca que não deixa de ser uma espécie de casamento. “É um casamento de cinco pessoas, tem um pouco de ciúmes quando o parceiro de banda toca com o outro, mas a gente entende”, diz.

Por ora, os rapazes da Codinome Winchester seguem vivendo, às vezes, próximos e outras vezes distantes. O grupo completa dez anos neste ano e em breve realiza o lançamento do EP “Fase Cinza”. O baterista adianta o que o último trabalho deve proporcionar ao público. “É relacionado a tudo que tem rolado na pandemia e como refletiu nas nossas vidas”, finaliza.

Quem quiser acompanhar a banda, o perfil no Instagram é @codinomewinchester.

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