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Comportamento

Se a regra é nem encostar, quem dirá fazer sexo... Motéis já sentem queda

Transmissão do vírus se dá pelo toque, e não pelo ato sexual em si. Como a recomendação é zero contato, nem em motel galera vai

Alana Portela | 27/03/2020 07:12
Por conta do Coronavírus, os casais precisam evitar o contato direto. (Foto: Marcos Maluf)
Por conta do Coronavírus, os casais precisam evitar o contato direto. (Foto: Marcos Maluf)

A epidemia do Coronavírus em Campo Grande tem assustados muitos moradores que deixaram de fazer coisas que antes eram normais, como ir para os motéis da cidade. Quase duas semanas após confirmar o primeiro caso do vírus na Capital, as pessoas resolveram se isolar e evitar todo tipo de contato para não correr o risco de contaminar e ser contaminado.

O Lado B resolveu fazer um bate-papo com a Dra. Hanimme Nogueira Tabosa Dutra Sanches para esclarecer algumas dúvidas sobre o vírus. Ela é ginecologista e obstetra, atua na Unimed Campo Grande, e explica que o Coronavírus não é uma doença sexualmente transmissível. “A Covid 19 não é uma doença sexualmente transmissível, no entanto, pode sim ser transmitida durante a relação sexual”, diz.

Isso porque, a transmissão do vírus se dá pelo toque, mas não pelo ato sexual em si. Um aperto e mão, um abraço já pode colaborar para a contaminação desse vírus que é rápida e invisível aos olhos humanos.

“Com relação à taxa de transmissão pelo contato, como aperto de mão, abraço ou relação sexual, ainda não se tem um número certo do índice de transmissão de cada um, mas acredita-se que sejam números próximos porque a transmissão não é pelo tipo de contato, mas sim pelo contato em si”, comenta a doutora.

Por isso, Campo Grande e outras cidades do Brasil e do mundo entraram no período de quarentena para tentar conter a disseminação da doença. “A orientação é se proteger nesse período e evitar qualquer tipo de contato, seja por beijo, abraços, aperto de mão e mesmo a relação sexual. Manter a distância de pelo menos um metro de outras pessoas, pelo menos nesse período de quarentena”, relata a médica.

“O período em que nós estamos vivendo é de muitas incertezas sobre essa nova doença, e a recomendação que nós, profissionais de saúde passamos às pessoas, é que se previnam”, destaca Hanimme.

A recomendação está sendo seguida à risca pelos moradores, que já deixaram até de frequentar os motéis da cidade. Desde que o período de isolamento começou, alguns locais perderam de 50% a 70% do movimento e outros até encerraram os atendimentos.

No entanto, alguns que continuam abertos afirmam estarem tomando medidas de prevenção, para que os clientes não corram risco e nem deixem de sentir prazer nesse momento de tensão e medo. Os quartos estão sendo higienizados com álcool e água sanitária e até ficam fechados, para que ninguém use o mesmo local em menos de 24h.

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