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Consumo

Açougue monta biblioteca e começa a emprestar livros para os clientes

Ângela Kempfer | 18/10/2013 06:44
Luciane e o livro com a poesia de Manoel de Barros, também para empréstimo.
Luciane e o livro com a poesia de Manoel de Barros, também para empréstimo.

Com quatro caixas lotadas de livros, os donos do açougue Fino Corte, na avenida Tamandaré, resolveram compartilhar boas leituras. Reservaram um espaço já na loja e entre uma picanha e um contra-filé, os clientes também têm ao alcance dos olhos cerca de 200 títulos diferentes.

O acervo já foi lido por Luciane Mello (a proprietária), pelo marido dela ou por um dos 2 filhos, Amanda, de 12, e João Pedro, de 8 anos de idade. “Quando viemos de Brasília para cá, na mudança percebemos que tínhamos muitos livros e resolvemos fazer algo diferente”, lembra a empresária.

A inspiração surgiu também em Brasília porque lá existe o “Açougue Cultural”, nos mesmos moldes do projeto “Roda de Leitura”, implantado agora aqui. Um ano e quatro meses depois, a ideia finalmente ganhou forma em Campo Grande e será oficialmente lançada amanhã, às 15 horas. A boa coincidência é que será justamente na data de comemoração do centenário do poeta Vinícius de Moraes

Quem quiser retirar um dos exemplares, só terá de fazer um cadastro simples, deixando número do telefone e endereço. “Não precisa ser cliente, basta ter vontade de ler”, explica Luciane.

São diferentes estilos de literatura, inclusive, infantil e adolescente, por conta do gosto de Amanda e João Pedro. A pessoa terá 15 dias para aproveitar o livro, mas se neste tempo não conseguir concluir a leitura, poderá renovar o empréstimo.

Antes mesmo da inauguração oficial, o primeiro livro emprestado foi o romance Marley e Eu, por exemplo. “Eu estava catalogando e as pessoas já perguntavam se a gente ia vender. Todo mundo se surpreende quando fica sabendo que é para emprestar”, comenta.

A empresária conta que no dia-a-dia fica evidente o quando a experiência é incomum em Campo Grande. “Quando as pessoas chegam, o primeiro impacto é ir direto ver os livros. Tem muita gente que também comenta que não lê há muito tempo e que também tem muita coisa encaixotada”, por isso também serão aceitas doações.

Luciane aprendeu depois do casamento que o acesso é o melhor incentivo para a leitura. No caso dela, os livros só passaram a fazer parte da rotina por causa do marido jornalista. “Eu não lia antes, ele que me ensinou a gostar. O livro ao alcance das mãos é a melhor forma de incentivo”.

O projeto funciona no açougue Fino Corte, na avenida Tamandaré, número 1.025, Vila Planalto.

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